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O (MPF) Ministério Público Federal acusa cinco estudantes de Medicina da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) de apresentarem documentos falsos para ter direito às cotas para ex-alunos de escolas públicas.

Os papeis forjados foram usados para demonstrar a conclusão do ensino médio em escola pública quando, na verdade, os estudantes frequentaram escolas particulares.  Após requerimento do MPF, as alunas tiveram suas matrículas canceladas ou optaram por se desligar do curso. 

O MPF recomendou à UFMA que inicie investigações das fraudes. Segundo o órgão, a instituição deve verificar a autenticidade dos certificados de conclusão do ensino médio apresentados pelos alunos que ingressaram por meio do sistema de cotas para escola pública. 

O procurador da República Juraci Guimarães Júnior, autor da recomendação, afirmou no documento que é indispensável que as políticas de cotas atendam “rigorosamente as regras legais estabelecidas, sob pena de provocar mais distorções do que aquela que se busca combater”. 

Procurada pela Gazeta do Povo, a UFMA afirma que seguiu as recomendações do MPF para o cancelamento das matrículas e não possui conhecimento do andamento das investigações conduzidas pelo órgão.

“A UFMA vem, ao longo dos processos, adotando cada vez mais rigor nas matrículas de candidatos de escola pública, de forma que ele precisa comprovar a escola da qual é egresso, apresentando histórico parcial, além de ser submetido a um processo de entrevista para comprovação do histórico escolar”, diz a universidade.

 “O processo de matrícula dos ingressantes ao ensino superior fica fragilizado pelo fato de o governo não ter um cadastro nacional de egressos, por isso a Universidade não tem como confirmar se o candidato estudou ou não em escola privada”, completa.  A UFMA informa ainda que, a cada ano, procurar aprimorar seu método de matrícula.

Parece o título de um filme adulto, mas é um livro financiado com recursos públicos.

Publicado por Ideias em Domingo, 1 de outubro de 2017

Histórico  

Com a imposição de cotas a todas as universidades federais, em vigor desde 2012, as denúncias de fraude só cresceram. 

Recentemente, a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) decidiu criar uma comissão para avaliar se os candidatos ao sistema de cotas são de fato negros. 

De acordo com a deliberação do Conselho Universitário da instituição, os alunos serão analisados “silenciosamente” pelo grupo, que deve levar em conta a cor da pele e outras características como “tipo de cabelo, formato do nariz e dos lábios”. 

“A aferição será realizada por meio da constatação de que o estudante é visto socialmente como pertencente ao grupo racial declarado”, diz o texto em que a universidade anunciou a mudança.  

Em junho deste ano, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também instituiu uma comissão avaliadora. Quase 70% dos potenciais cotistas foram reprovados.

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