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Uma professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) participou de uma descoberta importante: a de que um cometa na órbita de Júpiter se movimenta na “contramão” – ou seja: na direção contrária do planeta. O fenômeno é incomum, e acabou assunto de um artigo na Nature, uma das publicações científicas mais conceituadas do mundo.

Maria Helena Morais, que é portuguesa, é professora da Unesp de Rio Claro desde 2014. No ano passado, ela assinou um artigo, em parceria com Fathi Namouni, do Observatório Astronômico Francês, sobre um asteroide de nome estranho – 2015 BZ509 – e apelido um pouco mais simples: Bee-Zed. 

“O tempo de vida particularmente longo de 2015 BZ509 em sua órbita retrógrada faz com que seja o mais intrigante objeto na vizinhança de Júpiter. São necessários mais estudos para confirmar como esse misterioso objeto chegou à sua configuração atual”, disseram as autoras no artigo da Nature.

O espaço dado a Maria Helena surgiu porque outro grupo de pesquisadores confirmou a tese lançada pela pesquisadora da Unesp após quatro anos de pesquisa.

O fenômeno da órbita contrária, que só agora começa a ser estudada por astrônomos, aumenta o risco de colisão. Mas, no caso do Bee-Zed, não há grandes perigos para Júpiter: embora se cruzem a cada seis anos, o asteroide e o planeta nunca estiveram a menos de 176 milhões de quilômetros. 

Uma das hipóteses é que a órbita do asteroide tenha sido alterada por “marés” gravitacionais oriundas da galáxia ou de estrelas próximas.

A descoberta deve ajudar os cientistas a compreender a rota de outros asteroides, inclusive os que estão mais próximos à Terra.

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