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Do Amapá ao Rio Grande do Sul, os estudantes brasileiros estão voltando as aulas para iniciar mais um ano letivo. Aqui, a vida escolar é previsível: depois do réveillon, passam-se algumas semanas e é hora de começar mais um ciclo. Pouco antes do Natal, acabam-se as aulas. Parece óbvio. Mas não é assim em outros lugares do mundo. 

Na Europa e nos Estados Unidos, o réveillon fica no meio do ano letivo.

Segundo Pedro Silva Oliveira, diretor do Colégio Positivo Internacional, isso ocorre de tal maneira por causa de um determinado fator: o clima. Como o Brasil está localizado no hemisfério Sul, o verão acontece justamente entre o fim e o começo do ano, e é por isso que as férias escolares maiores são durante esse período. Logo, no meio do inverno, também há uma parada de um mês – em julho. 

A Austrália, colonizada pelos britânicos, é a prova de que o clima (e não a história ou a tradição) explica a diferença. Lá, como no Brasil, o ano letivo começa e se encerra dentro do mesmo ano-calendário.

A diferença é que, durante o ano, a cada final de term (o bimestre deles), os estudantes recebem alguns dias de folga. “Independentemente do país, é bom esclarecer que isso tudo não é uma decisão pedagógica. É apenas uma forma de organizar o ano do trabalho”, explica o especialista. 

Hemisfério Norte 

Se países do hemisfério Sul costumam seguir a mesma linha, o mesmo acontece para quem está no Norte. É o caso dos Estados Unidos e da maior parte da Europa, por exemplo. Nesses países, aulas começam em meados de agosto ou setembro e terminam em maio ou junho, às vezes até julho. 

“Para os brasileiros parece simples, porque a variação climática é pequena. Não dá para ter a noção de quão dura é essa questão para outros, onde o inverno é muito rigoroso", esclarece Dilmeire Vosgerau, professora de pós-graduação da escola de Educação na PUCPR. 

Outra diferença entre o Norte e Sul, relembra Pedro, é a quantidade de dias letivos. 

“Enquanto Brasil e Austrália têm em torno de 200, os outros ficam entre 180 e 190 no máximo.” 

Além disso, os alunos têm os intervalos de folga conforme as estações – alguns oferecem uma parada de duas semanas no outono, mas o mais comum é que eles tenham ‘mini-férias’ durante o Natal e Ano Novo e depois no inverno (fevereiro ou março), na primavera (abril ou maio) e as maiores durante o verão (após o fim das aulas). 

O mesmo acontece com os Estados Unidos. Às vezes, o que muda apenas é a quantidade de dias dados durante as pausas e a forma como isso é dividido entre escolas e universidades. Como as instituições do ensino terciário seguem o modelo do semestre, o primeiro – de outono – costuma iniciar em setembro e acabar no meio de dezembro. Já o semestre de inverno começa em meados de janeiro e vai até maio. 

Já no ensino primário e secundário as primeiras aulas também são em setembro. Por causa do feriado tradicional de Thanksgiving em novembro, há um intervalo de duas semanas ou até de um mês (o que não costuma acontecer nas universidades). As férias de inverno podem emendar tanto com o Natal e Ano Novo quanto podem ser oferecidas após algum tempo. As de primavera ocorrem em março ou abril e, por fim, as de verão são dadas no fim do ano letivo. 

De acordo com os especialistas, Dilmeire e Pedro, vale lembrar ainda que durante o trimestre de verão são oferecidas aulas para aqueles estudantes que não conseguiram passar direto e também atividades para estrangeiros. Uma ótima oportunidade para brasileiros, que estão de férias em julho e podem aproveitar esse tempo conhecendo uma nova cultura e aprendendo (ou melhorando) o inglês.

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