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Augusto é supervisor de produção em uma empresa e faz mestrado na Federal | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Augusto é supervisor de produção em uma empresa e faz mestrado na Federal| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Aliar conhecimento técnico em Exatas, uma boa dose de curiosidade, uma ampla capacidade de inovação e muito bom-senso para poupar custos e desenvolver produtos e projetos que sejam lucrativos – e benéficos – tanto para as indústrias quanto para a sociedade. Parece um desafio e tanto, não? Pois essa é a principal função do engenheiro químico.

Com formação ampla e bastante ênfase em Física, Matemática e Química, o profissional precisa projetar, desenvolver e supervisionar os processos de fabricação de produtos em indústrias dos mais variados tipos, como petroquímicas e de alimentos, otimizando os custos e o tempo de produção. "Ele precisa ser um verdadeiro multiprofissional", comenta Dilermando Brito Filho, presidente do Conselho Regional de Química da 9.ª região (Paraná).

Segundo a professora Luciana Igarashi Mafra, vice-coordenadora do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma característica importante para se dar bem no mercado é transitar bem por outras áreas, como Administração e Economia. "Como a maioria acaba gerenciando a linha de produção das empresas, é preciso saber trabalhar em grupo, sair-se bem quando o assunto é gestão de projetos e de pessoas e ter jogo de cintura para coordenar materiais, custos, funcionários e prazos", diz.

Futuro promissor

Hoje o mercado para engenheiros químicos está aquecido e a expectativa é que fique cada vez mais promissor. "Os campos de atuação são tão amplos que há profissionais trabalhando em empresas petroquímicas, de alimentos, de processamento de açúcar e álcool, de biotecnologia e até em bancos", diz Luciana. Com um segmento de trabalho tão diversificado, a dica é apostar em um curso de pós-graduação para direcionar a carreira.

Foi esse o caminho do engenheiro químico Augusto Hofmann. Formado em 2009 pela UFPR, ele sempre se interessou pela área de alimentos, então decidiu participar de um projeto de iniciação científica na UFPR, fez estágio na Imcopa, uma empresa de processamento de soja e derivados, foi promovido a trainee e hoje é supervisor de produção da empresa e aluno do Mestrado em Tecnologia de Alimentos da UFPR.

"Meu dia a dia na empresa é cuidar da qualidade do óleo produzido, verificar se todas as etapas do processo estão dentro do padrão e fazer o acompanhamento da demanda do produto para direcionar a produção. Como na graduação a formação não foi tão específica para esse tipo de atua­ção, optar por uma pós-graduação foi um caminho natural para me aperfeiçoar."

Ficha Técnica

Conheça um pouco mais sobre o curso e a atividade:

Onde estudarNo Paraná, seis instituições oferecem o curso: UFPR, PUCPR, UEM, Unioeste – câmpus Toledo, UTFPR – câmpus Ponta Grossa e Faculdade de Telêmaco Borba (Fateb), em que o curso tem ênfase em Processos de fabricação de celulose e papel.

Concorrência

Na UFPR, a concorrência do último vestibular foi de 8,63 candidatos por vaga. O curso tem regime integral (manhã e tarde) e 108 vagas (54 para cada semestre). Nas particulares, a graduação é oferecida no turno da noite.

Duração do cursoCinco anos.

DisciplinasCálculo I e Química Geral Teórica (1º Semestre), Física I (2º), Termodinâmica I e Matemática Aplicada à Engenharia Química I (3º) e Resistência dos Materiais (5º) são algumas disciplinas da UFPR.

Outros custosAlém dos gastos com a mensalidade e os livros didáticos, os estudantes costumam ter despesas somente com uma calculadora científica de qualidade.

MensalidadeEntre R$ 919,85 (Fateb) e R$ 1.442 (PUCPR).

MercadoOs principais empregadores são as empresas privadas, como indústrias de alimentos e petroquímicas, e órgãos públicos, como a Petrobras. Docência e pesquisa (principalmente em biotecnologia) estão em alta.

Profissionais podem atuar em empresas de consultoria. Em cidades do interior do Paraná e em outras regiões do país o mercado está em expansão.

SaláriosO piso salarial no Paraná é de seis salários mínimos (R$ 3.060) para 30 horas semanais. Um profissional com cinco anos de experiência e especialização pode ganhar entre R$ 6 mil e R$ 10 mil.

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