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A preocupação com o Enem leva algumas escolas a se concentrarem essencialmente no resultado do exame. Outras, se mantêm fiéis a seus projetos pedagógicos de formação humana. No fim, não há vencedores, pelo menos no que se refere ao resultado do exame, como mostram um colégio de São Paulo e outro de Teresina.

Segundo colocado entre as escolas de São Paulo, o Integrado Objetivo persegue resultados e concentra em apenas três salas de aula - uma de cada ano do ensino médio - os melhores alunos de todas as 13 unidades da rede. Atualmente, são 136 estudantes no total, 42 deles no 3 ano. Na escola de período integral, fundada em 2008, estudam ou estudaram adolescentes campeões de olimpíadas de matemática e física e uma jovem que passou em nove vestibulares para Medicina.

"O aluno tem que estar disposto a estudar o dia todo. Queremos esse perfil", afirma o coordenador pedagógico Eduardo Figueiredo.

O Objetivo figura em 22º lugar no Brasil, com uma média de 715,95 pontos. Em 2009, chegou a ser o 2º.

Com uma proposta pedagógica diferente do Objetivo, o Instituto Dom Barreto, de Teresina, foge do esquema dos cursos pré-vestibulares. O colégio, o segundo a melhor de ensino médio do país, decidiu estender aos 2 e 3 anos as disciplinas de filosofia, sociologia e artes, antes ofertadas até o 1º ano. No contraturno, os 600 alunos estudam teoria musical e aprendem a tocar instrumentos.

Mas a boa colocação no Enem não é novidade: em 2006, o colégio aparecia como primeiro do ranking nacional e de lá para cá tem ficado sempre entre os primeiros. Além disso, tem aprovado 90% de seus alunos nos vestibulares das melhores universidades do país. Os alunos têm aulas com o auxílio de computadores e usarão tablets a partir de 2012.

"A nossa manutenção nos primeiros lugares mostra que estamos acertando, mas sempre com respeito à uma pedagogia de formação da pessoa como cidadã. O foco está na educação humanística", diz a vice-diretora Marcela Clarissa Rangel.

O professor Ricardo Carvalho, coordenador de Geografia, com mestrado pela UnB, conta que os alunos começaram a se esforçar para atingir notas altas quando o Enem ainda nem era uma forma de acesso às universidades. "Eles queriam homenagear a escola e seu diretor, Marcílio Rangel, que morreu em 2006.

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