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Tatiane Élen de Souza demorou três anos para conseguir passar em Medicina na UFPR | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Tatiane Élen de Souza demorou três anos para conseguir passar em Medicina na UFPR| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Recomeço

Veja algumas dicas para fazer diferente no ano que vem:

>>>Lembre-se diariamente do seu objetivo! Escreva frases de motivação, ouça músicas ou veja filmes que façam lembrar o resultado que se quer.

>>>Elabore e cumpra um plano de estudos, com horários reservados para cada matéria.

>>>Pratique atividades físicas. Isso melhora o desempenho do estudo e reduz o estresse e a ansiedade.

>>>Divirta-se! A dedicação aos estudos deve ser grande, mas saber aproveitar o tempo livre é fundamental para manter o equilíbrio e a calma.

>>>Ansiedade em excesso pode alterar o sono, o apetite e fazer com que você esqueça o que sabe na hora da prova. Um psicólogo pode ajudar a controlar o nervosismo.

>>>O vestibular é só um meio para entrar na universidade. Não se cobre como se todo o sucesso ou fracasso da sua vida dependesse disso.

  • Hellen ficou muito triste quando não passou no vestibular, mas decidiu tentar mais uma vez

O resultado do vestibular saiu e o seu nome não está na lista. Não é fácil lidar com a frustração, mas é preciso enfrentar essa fase e seguir adiante. É o momento de avaliar seus pontos fortes e fracos e mudar de estratégia. "Se a pessoa quer um resultado diferente, vai ter que ter um comportamento diferente", aconselha a psicóloga Rafaela Farias.

Em um primeiro momento, é normal ficar abatido. A decepção faz parte do processo de amadurecimento, mas é preciso ter em mente um dado real: há muito mais candidatos do que vagas e a maioria fica de fora. Então, segundo Rafaela, o melhor a fazer é uma autoavaliação para elaborar um plano de ação diferente para o ano seguinte. "Vários fatores podem estar atrapalhando o desempenho: ansiedade, falta de organização para estudar, dificuldade em certas disciplinas, pouca habilidade com provas. É preciso identificar o que está acontecendo para mudar", diz a psicóloga.

Um tempoTambém não é pecado dar um tempo do vestibular para ter certeza do que se quer. Cada pessoa lida com a frustração de uma forma diferente: algumas vão tentar de novo, outras vão começar a trabalhar ou vão viajar. Segundo a psicóloga, quem opta pelas duas últimas alternativas acaba amadurecendo e quando decide fazer um curso superior está mais preparado.

Com música é mais fácil

A estudante de medicina Tatiane Élen de Souza ficou três anos tentando passar no vestibular até conseguir entrar na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela sempre se dedicou, mas sofria muito com o nervosismo para fazer as provas. Na semana dos exames, chegava a dormir menos de três horas por noite, o que diminuía a concentração. "Na hora da prova, eu não conseguia controlar o tempo. Acabava deixando questões que eu poderia responder em branco", conta.

Assim que percebeu onde estava o problema, a estudante elaborou métodos alternativos para se preparar. "Sempre gostei muito de música antiga, samba, Elis Regina, Chico Buarque. Então passei a ouvir mais músicas e ir a shows, mesmo no mês do vestibular." Organizada, ela incluiu a programação cultural sem atrapalhar os estudos. "Outro problema que eu tinha era com o tempo. Passei a fazer simulados com tempo contado no relógio para cada questão." Segundo Tatiane, aproveitar o tempo livre com algo que gosta e estudar com qualidade – sem querer decorar tudo de uma hora para outra, mas compreender os assuntos – foi decisivo para vencer.

Maturidade

Hellen Pacheco concluiu o curso de Relações Públicas este ano na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A conquista tem um valor ainda maior quando olha para trás e lembra do esforço que fez para entrar na universidade – a RP só passou na terceira tentativa. "Fiquei muito triste quando não passei no meu primeiro vestibular, em 2004", lembra.

A sensação de não passar a fez desanimar. Chegou a pensar que nunca entraria em uma universidade federal por ter estudado sempre em escola pública. "Resolvi procurar emprego e dar um tempo. Em 2005 tentei vestibular para História por causa da cobrança dos meus pais." Não passou novamente, mas a decepção não foi tão grande, já que ela estava trabalhando e não se esforçou muito. No ano seguinte, Hellen decidiu dar um rumo diferente aos estudos. Saiu do emprego, começou a fazer cursinho gratuito na ONG Formação solidária e se empenhou em tempo integral. O resultado foi a aprovação. "A felicidade foi imensa." Ser caloura um pouco mais velha foi positivo. "Muitas pessoas que entram logo de cara não têm maturidade suficiente para dar conta da responsabilidade e acabam desistindo", conclui.

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