• Carregando...

Não houve surpresa nenhuma na última rodada de classificação. Nem na turma de cima nem na turma de baixo. Que o Coritiba não deixaria de escapar a liderança já era de se prever, pois o J. Malucelli vinha perdendo fôlego nas rodadas recentes e o Maringá começava a dar sinais de recuperação. Que o Atlético tinha remotas chances de classificação também havia sido exaustivamente debatido e apenas a lógica se confirmou.

E aí é claro que todos os focos se dirigiram para os rubro-negros, que chegaram a alegar preocupação com a possibilidade de o Foz facilitar as coisas para o Cascavel (no que eu não acreditava e de fato não aconteceu, pela rivalidade local e pelo interesse de somar pontos), mas não souberam cuidar de suas próprias carências. Pelas informações que tive de Londrina (como transmiti o clássico para o PFC, não pude ver o jogo de lá, no mesmo horário), se teve time que jogou foi o dono da casa, que poderia ter construído um placar ainda maior do que a vitória simples por um gol.

Talvez tenha sido este o início de ano mais atrapalhado da história recente do Atlético. Em temporadas anteriores houve desacertos e desencontros, mas corrigidos a tempo – pelo menos no campeonato estadual. Dessa vez foi um festival de erros que faltou espaço para registro. A começar pela repentina guinada de rumo, substituindo de um momento para o outro o time alternativo pelo principal, queimando os dois ao mesmo tempo e apresentando agora sombrias expectativas para o futuro.

Não pelo Torneio da Morte, pois, como lenitivo, estão aí as campanhas de Nacional e Prudentópolis a provar que estão em nível técnico muito abaixo dos demais e que só deverão prorrogar a agonia do rebaixamento nessa competição eliminatória. Atlético e Rio Branco têm um pouco mais de recursos para não chegarem tão a fundo.

Mas a escuridão está um pouco mais à frente, nas competições nacionais que se aproximam. Mesmo esse confronto contra o Clube do Remo, da Terceira Divisão nacional, pela Copa do Brasil, logo em seguida.

E para não deixar o clássico da Vila Capanema passar em branco, foi um jogo sofrível. A começar pela frieza do estádio vazio, sem a energia das torcidas. Algumas chances isoladas, mas jogo de pouca emoção. O Coritiba mostra que tem um time titular de bons predicados, mas que os reservas não acompanham o nível. E o Paraná Clube ainda se debate para tentar sair da situação complicada em que influências vindas de fora atingem o rendimento em campo.

O Coritiba apostou na primeira colocação e chegou. O Paraná Clube poderia ter arriscado um pouco mais.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]