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Bandeira do Atlético tremulando no Ecoestádio: 2013 promissor para o clube em caso de acesso | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Bandeira do Atlético tremulando no Ecoestádio: 2013 promissor para o clube em caso de acesso| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Arbitragem

CBF tira o bandeirinha que processa Petraglia

A CBF retirou o auxiliar Roberto Braatz da escala do clássico entre Atlético e Paraná. No lugar dele, vai bandeirar Ivan Carlos Bohn. Completam o trio o árbitro Edivaldo Elias da Silva e o assistente Luiz Souza Santos Renesto, todos paranaenses.

A CBF não justificou a mudança, mas Braatz diz acreditar que a alteração teve relação com o processo judicial movido contra o presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia, por declarações no Twitter durante a final do Paranaense contra o Coritiba."É bem provável [que seja por isso]. Quando veio a escala, até tinha estranhado", revelou o assistente, confirmando que chegou a comunicar com antecedência a CBF sobre o processo e que não esperava ser escalado.

Na época da final, em maio deste ano, Petraglia havia escrito: "o auxiliar coxa Blatz [sic] já mostrando ao que veio! Impedimento mal marcado! Guerrón livre para marcar! Si$tema funcionando!".

O fato levou o Superior Tri­­bu­­nal de Justiça Desportiva (STJD) a condenar o dirigente a pagar uma multa de R$ 15 mil à Associação dos Árbitros de Futebol do Paraná. Braatz também move uma ação por danos morais na esfera cível.

Manutenção de receitas de televisão, valorização do elenco, melhores oportunidades de negócio, recuperação imediata dos associados... Fora de campo, é isso que estará em jogo para o Atlético, sábado, às 16h20, contra o Paraná.

O retorno à elite é a senha para o aguardado boom do clube em 2013. A matemática aponta para isso: 97% de chances de acordo com o Infobola – um empate no clássico contra o rival, no Ecoestádio, garante a festa.

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Segundo especialistas ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo ontem, além de impactar no sentimento do torcedor, o acesso renderia outros frutos correlatos à vida rubro-negra.

Impacto especialmente financeiro, que começa com a manutenção da atual verba de tevê. Caso fique na Segundona, o Furacão perde 25% dos R$ 30 milhões que negociou com a Rede Globo.

"O ano que vem tem tudo para ser o melhor dos mundos para o Atlético", analisa o consultor na área de gestão esportiva, Amir Somoggi, prevendo o sucesso do time de Ricardo Drubscky contra os tricolores.

"O acesso e o término da Arena são fatores motivadores para angariar sócios e patrocinadores. Jogar a Série A é um grande chamariz, com grandes clubes e maior projeção", explica Somoggi.

Segundo números oficiais, o clube perdeu cerca de 10 mil sócios neste ano. Mesmo assim, tem mantido uma margem de cerca de 14 mil, apesar de não ter a Arena da Baixada e ter sido obrigado a mandar jogos em Ponta Grossa, Paranaguá, além da Vila Capanema e na atual casa, o Ecoestádio – todos longe de atender à demanda de fãs.

Com a possível volta ao primeiro escalão nacional, mesmo antes de reinagurar a Arena (em agosto de 2013) existe a possibilidade de o clube resgatar de imediato muitos dos inadimplentes, graças ao impacto emocional dos rubro-negros.

O cenário, segundo o economista da Pluri Consultoria, Fernando Ferreira, antes mesmo do desfecho da competição, é propício.

"Acho um negócio incrível ter 14 mil sócios pagando [mensalidade] sem ter estádio para jogar. O que precisa acontecer é aproveitar isso e subir um patamar. Olhando para o horizonte, sou otimista de que o Atlético tem espaço para ter uma grande projeção", diz ele.

Tudo isso – pelo efeito cascata – valorizaria a marca do Furacão em diversos aspectos. A camisa atleticana voltaria a ter o peso da Série A e daria argumentos para que o mercado de transferências se abra ao clube, limitado neste ano pela uso da grife da Segundona.

"Na Série B não tem como atrair tantos bons jogadores como na Série A. O jogador pensa antes de sair para um time da Segunda Divisão. Na Série A cria-se um interesse maior", completa Somoggi.

Os jogadores do elenco também ganham com o iminente retorno ao grupo dos 20 maiores do país. Nomes de destaque do grupo, como Manoel, Deivid e Marcelo, por exemplo, devem reverberar no mercado de fim de ano.

Para essa decisão em diversas frentes, o Furacão terá a volta do zagueiro Cleberson e do goleiro Weverton. Luiz Alberto e Santos, respectivamente, deixam o time.

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