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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Focado no futebol, o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, não se manifestará sobre a possibilidade de construção de um novo estádio para o clube. Assim, a tarefa recai sobre o vice-presidente Alceni Guerra, mentor da ideia e líder da empreitada. São seis projetos diferentes. Todos com teto retrátil. Entre eles, três opções de local: no atual Couto Pereira, na área do Pinheirão ou na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Confira o que disse o dirigente:

Como o novo estádio seria pago?

O primeiro passo é contratar um escritório de advocacia experiente para estruturar a operação. Esta estrutura jurídica nos dirá qual a parte de entrada do Coritiba no fundo de investimentos, para mantermos nossa maioria de 51% no negócio. A diretoria decidiu que não vamos colocar nenhum centavo das atuais arrecadações do clube neste fundo.

O Coritiba irá se desfazer de algum patrimônio para financiar a obra?

“Nenhum centavo dos atuais recursos do clube irá para a construção de estádio. Vamos construir o futuro do Coritiba.

Alceni Guerra vice-presidente do Coritiba.

Quando você coloca patrimônio num fundo de investimentos, você está se apropriando do fundo de investimentos no valor do seu patrimônio. Temos hoje o Couto Pereira, o CT da Graciosa e o terreno em Campina Grande do Sul. Quem vai decidir qual patrimônio usaremos é o escritório de advocacia. Como seremos cotistas majoritários, o patrimônio continuará nosso.

Quem é o empreendedor?

Não podemos passar o nome ainda. Mas estamos buscando parceiros em pessoas jurídicas e pessoas físicas. O torcedor, por exemplo, poderá comprar uma cota e ser proprietário dessa cota, que depois será vendida na Bolsa de Valores. Antes precisamos da autorização do Conselho Deliberativo.

É o momento certo para se arriscar neste negócio?

É o momento adequado. Precisamos dar esse passo. O dinheiro que existe atualmente no mercado brasileiro está nos fundos de investimentos, que são uma aposta segura, regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Seria loucura buscar empréstimo bancário agora.

Como administrar uma eventual insatisfação da torcida com a possível mudança de endereço?

Essa resistência existe mesmo entre nós da diretoria e Conselhos. As raízes do clube estão aqui. Mas temos de analisar duas questões: primeiro, as restrições de mobilidade urbana na área do Couto. Segundo, que nesta área fomos vetados de colocar pontos de comércio. Não poderíamos assim competir com o Atlético, nem tornar o Couto autossustentável e lucrativo.

Um estádio novo gera novas despesas...

O clube nos proibiu de utilizarmos os atuais recursos disponíveis na construção do estádio. Temos de buscar recursos de fora do clube. O Coritiba poderá utilizar os recursos que já tem para seguir se firmando esportivamente.

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