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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Ao todo, 12 clubes do Brasileirão se posicionaram contra a implantação do vídeo árbitro de supetão, como queria a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

TABELA: jogos e classificação do Brasileirão - Série A

Atlético, Atlético-GO, Atlético-MG, Corinthians, Coritiba, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória se mostraram descontentes com a medida, que foi abortada pela entidade por falta de recursos técnicos e também apoio.

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O motivo para a reprovação é basicamente o mesmo. Atlético e Coritiba ilustram bem esse veto.

Segundo o diretor de futebol do Alviverde, Alex Brasil, a medida deveria ser acionada no início de um campeonato e não no decorrer dele.

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“Nesse momento, eu sou contra. É claro que é necessário para a melhoria do futebol, mas que você inicie desde o começo do processo. Outros clubes, como o Coritiba, seriam beneficiados com o árbitro de vídeo há três rodadas atrás. Eu poderia ir para o jogo do Palmeiras com uma vitória no clássico”, afirmou o dirigente, lembrando a reclamação sobre a atuação do juiz Anderson Daronoco no empate por 1 a 1 contra o Atlético, pela 23ª rodada.

O técnico do Furacão, Fabiano Soares, vai na mesma linha de Brasil. “Os árbitros precisam de tempo para se preparar para ter esse auxílio do vídeo. Falam que vão colocar de um dia para o outro, sem ter as pessoas preparadas”, opina. Assim como o comandante, o zagueiro Paulo André demonstra ser favorável à medida, mas desde que ocorresse no início da competição.

“[O vídeo] é importante e tem sido uma vertente no mundo todo. Mas não no meio do campeonato e do jeito que querem implantar. Isto está errado e vamos torcer para que não resulte em mais erros”, analisa o defensor.”Houve erros muito mais graves do que o gol do Jô. Neste momento, reta final, faltando 14 rodadas, houve pressão de algum clube ou pessoa, para se tomar uma atitude intempestiva”, reforça.

Vale ressaltar que a novidade ficaria restrita a algumas partidas determinadas pela CBF, seguindo o artigo 75 do regulamento geral de competições.

Entenda o caso

Na última segunda-feira, menos de 24 horas após o centroavante Jô marcar um gol de mão e dar a vitória ao Corinthians sobre o Vasco, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pediu à Comissão Nacional de Arbitragem que o árbitro de vídeo passasse a ser utilizado “o quanto antes”. A intenção era de que o sistema fosse utilizado já a partir deste sábado pela 25ª rodada do Brasileirão. Além de problemas operacionais, não houve consenso entre os clubes, muitos descontentes com o uso da estratégia em apenas alguns jogos.

Desde então, o departamento de arbitragem da entidade tratou de acelerar os trâmites - havia a intenção de testar o sistema apenas nas últimas rodadas do Brasileirão.

Havia, porém, uma série de problemas a se resolver: conseguir profissionais habilitados a operar o sistema, combinar com a Globo - detentora dos direitos de transmissão – a recepção das imagens e garantir a implantação em todos os estádios que receberão partidas na próxima rodada. E, em dois dias de reuniões, não se conseguiu resolver nenhum deles.

Além da falta de estrutura na maioria dos estádios e da falta de profissionais, as próprias imagens de vídeo não puderam ser garantidas. Em comunicado, a Globo e a Globosat informaram que “colaboram com o projeto de vídeo arbitragem pois entendemos ser uma evolução natural do esporte”, mas considerou que não há tempo hábil para ajudar na implantação do sistema. “Devido à complexidade da operação, esse é um projeto que demanda tempo para selecionar, treinar operadores, padronizar estádios com equipamentos necessários, simular testes com os times de operador de replay, técnico e árbitro de vídeo CBF”, disse o texto.

Para completar muitos clubes se manifestaram contrários ao uso da tecnologia em apenas alguns jogos. Atlético, Atlético-GO, Atlético-MG, Corinthians, Coritiba, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória se mostraram descontentes com a estratégia seletiva, pois querem o método em todos os jogos.

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