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Cartaz na entrada da sede do Parma com a frase “Fechado para roubo” | STEFANO RELLANDINI/REUTERS
Cartaz na entrada da sede do Parma com a frase “Fechado para roubo”| Foto: STEFANO RELLANDINI/REUTERS

Clubes da primeira divisão do Campeonato Italiano decidiram nesta sexta-feira (6) ajudar financeiramente o Parma, à beira da falência, para que a equipe possa terminar a temporada após o adiamento de dois jogos - contra Udinese e Genoa - por causa de falta de dinheiro. Em assembleia, 16 dos 20 times votaram a favor do auxílio ao Parma e outros três preferiram se abster - Napoli, Roma e Sassuolo. Somente o Cesena foi contrário à decisão, que prevê usar o fundo que armazena o dinheiro das multas pagas pelos clubes.

A imprensa italiana informou que o plano do presidente da Liga de Clubes da Serie A, a primeira divisão do país, Carlo Tavecchio, consiste em injetar 5 milhões de euros (R$ 17 milhões), dois deles provenientes do fundo das multas. O auxílio começaria a partir do próximo dia 19 de março, quando a Justiça estudará a situação das finanças do clube e poderá decretar a falência. Como condição, a equipe entraria em campo neste fim de semana contra a Atalanta e no próximo, contra o Sassuolo.

Depois da aprovação dos clubes, Tavecchio mostrará seu projeto à Associação Italiana de Jogadores (AIC) e aos próprios jogadores do Parma, que estão sem receber salários desde o ano passado.

Durante a manhã desta sexta e por ordem da Procuradoria, a Guarda de Finanças, especializada em crimes fiscais, invadiu a sede do Parma e de outras entidades futebolísticas do país para apreender vários documentos. Os procuradores italianos investigam o ex-presidente do clube Tommaso Ghirardi e o ex-diretor esportivo Pietro Leonardi, acusados de fraude no processo de falência do Parma.

Ghirardi decidiu se desfazer do clube por causa das dívidas e o vendeu ao preço simbólico de 1 euro a Giampietro Manetti, que prometeu injetar dinheiro na equipe, algo que ainda não foi feito.

A imprensa italiana afirma que o Parma não está em condições de pagar agentes para garantir a segurança no interior do estádio Enio Tardini e que corre o risco de ter o fornecimento de energia elétrico a qualquer momento devido ao atraso das contas.

A situação não é nova. No entanto, em maio do ano passado, a Alta Corte de Justiça Esportiva da Itália negou a participação do Parma na Liga Europa. Em dezembro, a equipe perdeu um ponto na primeira divisão por não pagar o imposto devido de algumas contratações.

A sucessão de atrasos resultou na saída de importantes jogadores como o atacante Antonio Cassano, um dos destaques da equipe.

O caos financeiro afetou os resultados em campo. O Parma ocupa a última posição do Campeonato Italiano, vencendo apenas três das 24 partidas disputadas até o momento

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