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O acaso eliminou uma deformação do regulamento do Campeonato Paranaense. Mais uma anomalia, coisa que se repete nos últimos anos com frequência irritante. Os dois finalistas vão para o jogo derradeiro iguais, depois do empate de ontem. Com o resultado de 2 a 2, nenhum finalista vai se queixar de diferença de saldo de gols na decisão. Com a igualdade do primeiro Atletiba decisivo e sem vitória no tempo regulamentar no Alto da Glória a decisão será na cobrança de penalidades máximas.

O jogo de abertura da decisão foi marcado por alguns bons momentos e vários equívocos. Os ataques falharam, apesar dos quatro gols. Nos dois êxitos ofensivos do Atlético a defesa do Coritiba colaborou, e muito. Na abertura do placar o goleiro Vinícius falhou e Éverton Ribeiro foi feliz pela arrancada veloz e a finalização longa no canto.

O goleiro do Atlético estava adiantado, resultando a má colocação em ajuda para o gol do Coritiba. O Alviverde colaborou no gol de empate. Erro de posicionamento e falha coletiva da defesa e assim o Atlético igualou o placar. Cresceu o entusiasmo Rubro-Negro, desempatando com Ligüera, aproveitando falha imperdoável do goleiro Vanderlei, merecedor de crédito por atuações positivas em jogos anteriores.

Aí a história do clássico mudou. O técnico do Atlético, que já tinha colocado em campo Taiberson, que por muito pouco não marcou um golaço, com receio de perder a vantagem escalou Zezinho e Renan Teixeira, para tentar segurar o resultado.

Do outro lado a concepção do treinador do Coritiba foi oposta. Perdendo, mandou para o jogo Marcel, Anderson Aquino e Renan Oliveira. Marcelo Oliveira foi mais feliz que Juan Carrasco. Alcançou o empate final com Anderson Aquino, consolidando o placar final. Além da ausência de Guerrón, suspenso por falta disciplinar, Paulo Baier esteve bastante distante do futebol de qualidade que sabe jogar. No Coritiba a ausência de Rafinha deixou a equipe, novamente, com perda de qualidade na armação de jogadas.

Apesar do árbitro Evandro Roman não ter marcado um pênalti em Zezinho, favorecendo o Atlético, o segundo jogo deve sim ser conduzido por juiz paranaense. Certa vez questionado sobre o uso de recursos eletrônicos para amparar a arbitragem em lances polêmicos, o então presidente da Fifa João Havelange afirmou que o erro involuntário do juiz e seus auxiliares sempre é motivo para repercutir o jogo. O árbitro de futebol tem o direito de errar, como qualquer humano.

Muito mais grave é o médico-cirurgião que amputa a perna errada do paciente que está sendo operado. Erro gravíssimo que já aconteceu várias vezes, com órgãos diferentes. O juiz de futebol também é falível.

Paraná invicto

Pela terceira vez na Série Prata do Campeonato Paranaense o Paraná Clube venceu. Na partida de ontem jogou com um time reserva e derrotou o Cascavel, firmando-se na liderança. Os resultados, até agora, são indesmentíveis. Campanha para tranquilizar a torcida. O próximo adversário é o Palmeiras pela Copa do Brasil. Trabalho planejado com competência dá bons frutos. O Tricolor está mudando o rumo da história recente, desastrosa.

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