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Paulo Baier marca Ilan. Meia atleticano jogava de lateral do Criciúma e tinha bem mais cabelo | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Paulo Baier marca Ilan. Meia atleticano jogava de lateral do Criciúma e tinha bem mais cabelo| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo
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O que acontecia na época...

Em 2003, no dia 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do Brasil. O que antes parecia apenas um sonho do ex-operário e corintiano, e um pesadelo para muita gente, tornou-se, enfim, realidade. Em maio, George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, anunciou a retirada das tropas da desastrada invasão do Iraque. Também naquele ano, morreu um dos mais expressivos atores da história do cinema mundial: Charles Bronson (foto).

Atlético e Criciúma se enfrentam hoje, às 18h30, na Vila Capanema. Um confronto cheio de expectativa da parte dos rubro-negros, embalados numa das mais fulgurantes viradas de sua história. Se o compromisso desta tarde lembrar, um pouco que seja, outro encontro de dez anos atrás, os atleticanos terão motivos de sobra para festejar.

No dia 27 de abril de 2003, fizeram um duelo trepidante na Baixada. Era apenas a sexta rodada do Brasileiro e o Furacão de Oswaldo Fumeiro (não é apelido) Alvarez, o Vadão (este sim é codinome) vinha de três derrotas, um empate e uma vitória apenas, logo na largada do certame. Cenário de preocupação.

Bola pererecando no gramado em que Caju foi alçado à Majestade e o Tigre não fez qualquer cerimônia. Aos 28 minutos, Tico, que não era aquele, mandou de cabeça para o fundo das redes de Diego. Três minutos depois, vejam só, Paulo Baier, que é este mesmo, aumentou de pênalti.

Sim, o velho e bom Baier já teve menos de 30 anos e já defendeu outros clubes que não o Furacão. Outras diferenças do hoje para o antigamente eram a posição, na lateral direita, e a cabeleira, bem mais volumosa.

Mas você sabe, o "futebol é dinâmico" (desculpa). Ainda no primeiro tempo, o atacante Ilan diminuiu, cobrando pênalti. Dez minutos da etapa final, entretanto, Rogério Corrêa acabou expulso. A turma catarinense deve ter pensando: "Pronto, agora é nosso".

Ledo engano. Com um a menos, o Atlético cresceu para cima de si mesmo nesses fenômenos inexplicáveis da bola. Logo em seguida, o zagueiro Juliano igualou, com uma chicotada de direita. E, aos 23, foi a vez de o volante Luciano Santos lançar um míssil de fora da área e virar o marcador.

Já estava bom. Mas, por que não mais? Com 35 minutos jogados, Dagoberto ampliou cobrando falta. Eis que um moleque de nome Fernandinho, que até então ninguém tinha ouvido falar, cometeu uma obra-prima. 46 e todo mundo já se ensaiava para o banho, quando o magrinho deu uma meia lua no adversário, invadiu a área, fez que ia bater e cortou para a esquerda, deixando o goleiro Fabiano sem RG, CPF e comprovante de residência, para tocar no canto. Nem o meia acreditou e foi às lágrimas no gramado.

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