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Todo tipo de concurso provoca discussões e até mesmo polêmicas que duram anos.

Quando trato do tema me dá saudade dos antigos concursos para a escolha da miss dos “Jogos da Primavera” em Ponta Grossa. Via da regra a eleita era do nosso colégio – o Estadual Regente Feijó – por ter maior número de alunas e, cá entre nós, por reunir as mais bonitas mesmo.

Os outros colégios e ginásios protestavam, mas ninguém contestava os predicados da beldade escolhida.

Pois bem, agora não se discute mais quem é o melhor jogador de futebol do mundo no momento, simplesmente porque há anos a disputa ficou restrita a Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

Só quem não entende ou não gosta de futebol questiona o rodízio no pódio dos craques do Barcelona e do Real Madrid.

Curioso que as outras opções sugeridas também atuam nos dois superclubes espanhóis: Neymar, Iniesta, Suarez, Bale ou Benzema. O francês Griezmann, que também joga na Espanha, mas no Atlético de Madrid, foi a surpresa do ano.

Mas alguns lembram do holandês Roben ou do alemão Müller, que não foram lembrados nas últimas eleições.

A história mostra que a cada época existiram os craques que se destacaram da maioria e, por isso mesmo, conquistaram todos os lauréis. Foi assim com Di Stefano, Puskás, Eusébio, Beckenbauer, Cruyff, Platini, Maradona, Ronaldo e outros que brilharam intensamente no futebol europeu.

Aí é que reside a maior de todas as discussões: a Fifa só tem olhos para os jogadores que atuam nos grandes times da Europa.

Neymar, por exemplo, vinha jogado muito pelo Santos, mas só entrou na lista ao vestir a camisa do Barcelona.

No passado esse tipo de injustiça já se verificava, pois Pelé, Garrincha, Didi, Tostão, Gerson, Rivellino e tantos outros por mais que arrebentassem nos jogos não concorriam à premiação. Acontece que na época o evento era promovido pela revista France Football com o troféu Bola de Ouro – o que voltou a ocorrer em 2016 – e, obviamente, os eleitos foram apenas os jogadores do futebol europeu. Nem mesmo entre 2010 e 2015, quando a Fifa chegou a dar as cartas na promoção unificada com a revista francesa os jogadores dos outros continentes eram levados em consideração.

Talvez, por isso, o ousado garoto Demethryus tentou marcar um gol de cavadinha para concorrer ao prêmio Puskás de gol mais bonito, este, sim, aberto a todos os países.

Demethryus, que não se perca pelo nome, deu-se mal e o Atlético foi eliminado da Copinha em São Paulo.

Fica o aviso: bater pênalti com cavadinha não é para quem quer, é para quem sabe.

Mas valeu o atrevimento Demethryus, siga em frente e talvez um dia, quando estiver jogando em algum time europeu, possa concorrer ao título de melhor jogador do mundo.

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