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A contratação de Lúcio Flávio é mais uma tentativa do Paraná de reencontrar seu passado vitorioso. Lúcio foi a última grande revelação tricolor dos anos 90 e o craque da segunda conquista nacional do clube, o Módulo Amarelo da Copa João Havelange, em 2000. Não tem o mesmo impacto de trazer Ricardinho para treinar o time, mas segue princípio similar. Simbolicamente é perfeito. Tem de dar certo na prática.

O Paraná precisa de um jogador como Lúcio Flávio. Douglas Packer não tem bola para ser o principal armador da equipe. Até consegue fazer partidas interessantes, como em Bragança Paulista. Isso é exceção. A regra é ser apenas um coadjuvante útil. Wellington é melhor que Packer, mas claramente não funciona como quarto homem do meio de campo, função em que tem sido escalado por Ricardinho.

Os grandes momentos de Lúcio Flávio foram como um armador mais próximo aos atacantes, um 10. A grande questão é saber se ele ainda consegue atender a essa expectativa. Há dois anos Lúcio Flávio está em declínio. Seu último semestre no Botafogo foi marcado pela inconstância e pelas vaias da torcida. Suas partidas finais pelo clube foram emblemáticas: capitão e titular contra o Grêmio Prudente, no Engenhão, reserva diante do Grêmio, no Olímpico, ambas pelo Brasileiro-2010. No Atlas, uma passagem de seis meses em que chegou como Pelé Branco (apelido dado a ele por um repórter mexicano) e que terminou incluído na lista de dispensas. Por fim, 11 meses de Vitória, com más atuações que o mandaram para o banco na Série B do ano passado e, após uma nova tentativa com o Toninho Cerezo, para a reserva na atual temporada.

É claro que Lúcio Flávio pode dar a volta por cima. Ele tem 33 anos, há vários jogadores se destacando e liderando seus times com mais idade do que ele. Mas olhar para o histórico recente do meia ajuda a fazer uma leitura mais clara do jogador que chega ao Paraná. Se o Paraná precisa de Lúcio Flávio para pelo menos se manter na Série B, Lúcio Flávio precisa do Paraná para se reerguer.

Euro

Quem gosta de matar serviço à tarde tem um ótimo motivo de distração a partir de hoje, a Eurocopa. Grande oportunidade para medir como as seleções se viraram da Copa de 2010 para cá e o que precisam fazer até 2014 – além, claro, de valer um troféu cobiçadíssimo. Aposto minhas fichas na Alemanha. As ótimas revelações do Mundial amadureceram e hoje formam uma poderosa seleção, na média, melhor até que a Espanha do meio para a frente. O calo está na defesa, com a irregular dupla de zaga Hummels e Mertesacker. Correndo por fora, olho na França. Laurent Blanc construiu um ótimo time a partir dos escombros deixados por Domenech. Ribéry assumiu o protagonismo que sempre se esperou dele e há jovens em grande momento, como Benzema e Nasri. Mas, acima de tudo, os Azuis têm um ótimo conjunto. Olho neles.

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