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Tento me colocar no lugar do torcedor, aquele que atendeu ao chamado do clube e decidiu voltar ao estádio depois de muito tempo. E fez uma festa bonita, colorida, esperando receber de lá de dentro de campo um retorno à altura de sua paixão. Infelizmente não conseguiu e voltou frustrado para casa, sem saber se realmente valeu a pena o reencontro. Foi ruim, foi sofrido.

O que está escrito acima vale tanto para o Paraná Clube quanto para o Coritiba, que conseguiram motivar suas torcidas, lotaram seus estádios e não conseguiram corresponder à expectativa de vitória, contra adversários que poderiam, sim, ser batidos, conforme os conceitos da lógica no futebol.

No sábado os tricolores bem que tentaram, mas desta vez a tática do técnico Fernando Diniz não funcionou. Tudo o que deu certo na vitória sobre o Náutico foi anulado pela perspicácia do treinador contrário, que soube anular os principais trunfos então apresentados. E o Paraná Clube ficou perdido, sem ter a chance de repetir o rodízio constante de jogadores, atrapalhando suas próprias ações, com um zagueiro praticamente fixo de lateral-direito, um volante de zagueiro e um lateral de meia.

O resultado foi um sofrido 0 a 0 em casa e a chance perdida de crescer um pouco mais na classificação do bloco intermediário da segunda divisão.

Ontem foi a vez de a torcida coxa se decepcionar. Só que essa não tem tanta paciência assim. Se no sábado os paranistas apoiaram até o fim e só vaiaram quando do apito final, no Alto da Glória foi diferente. Com 20 minutos do primeiro tempo o torcedor (especialmente na exigente social) já vaiava os erros que surgiam (e como surgiam!) e contribuía para desestabilizar ainda mais o time que não conseguia esconder sua insegurança.

O Coritiba foi dominado pelo Goiás em boa parte do jogo. Errou muitos passes e cedeu o campo de ação para o adversário. Mas, ainda assim, lutou, dentro do que oferece a capacidade técnica de seus jogadores. Levou um primeiro gol e contou com o talismã Evandro, que voltou a marcar – no terceiro jogo consecutivo – além do tempo regulamentar para empatar.

Valeu o resultado pela luta coxa, mas se tivesse um vencedor, o Goiás seria o merecedor.

Entre os melhores

No Atlético o panorama é outro. Como estive no Alto da Glória, transmitindo a partida para o PFC, não pude acompanhar a bela vitória rubro-negra sobre o Palmeiras. Mas tudo o que li e ouvi depois indicam ter sido uma boa apresentação, igualando as forças contra o favorito destacado, que vinha de campanha irrepreensível.

E Walter fez novamente a diferença. Incluído de última hora na delegação, entrou em campo e fez o gol da vitória, coroando a boa exibição de seus companheiros e incluindo novamente o Atlético entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro.

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