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Um susto logo de quem nem se imaginava. Weverton, intocável, capitão, ídolo, talvez desconcentrado pela facilidade que o Atlético enfrentava na vitória tranquila sobre um São Paulo desfigurado, sem querer deu emoção ao jogo. Quis sair jogando, ofereceu um gol a Centurión e os visitantes, que pareciam conformados com o domínio rubro-negro, até que se animaram em campo.

Mas não teve como mexer. Foi bem melhor o Atlético, que não tinha nada a ver com os problemas do São Paulo (que, para saber, só tinha cinco jogadores no banco) e fechou uma importante vitória de mandante, retornando ao grupo de Libertadores na classificação deste campeonato brasileiro. Vitória convincente, sem contestações.

Em Minas, Wellington Paulista exagerou ao perder gols e o Atlético Mineiro venceu o Coritiba. Tivesse alguém com melhor pontaria ou mais comprometimento coletivo e o Coxa poderia até trazer um ponto.

O verdadeiro futebol

Foi um show. E a Argentina conseguiu provar que o futebol ainda pode ser um espetáculo. Basta ter talento, entrega e disciplina tática. E foi assim que veio uma goleada contra o mesmo time do Paraguai que eliminou a seleção brasileira.

E se o Chile era, até dias atrás, favorito para a conquista dessa Copa América em casa, os números da segunda-feira pelo menos equilibraram as apostas. Com a vantagem aos argentinos de já virem de um entrosamento construído através dos últimos anos de exibições. Teremos uma grande final no sábado, finalmente um confronto de técnica e tática depois de todo um torneio nivelado por baixo por conta da maioria das seleções participantes – incluindo a brasileira.

O arraso de Messi e seus companheiros serviu para comprovar, ainda mais, a grande distância técnica da seleção brasileira para aquelas que, até bem pouco tempo, eram as suas principais concorrentes. E as questões, razões e alegações são várias, que podem ser discutidas uma a uma.

Média de idade, por exemplo, é uma delas. Isso é algo que nunca fica bem definido no trabalho da comissão técnica da seleção brasileira. O mesmo técnico que hoje explica os percalços por conta da renovação plena e abertura de espaço para novos jogadores foi quem não levou Neymar e Ganso para a copa de 2010, quando os dois estavam bombando em apresentações pelo Santos. Abriu mão de jovens que poderiam ter sido lançados em troca da insistência com alguns veteranos que não mais rendiam o suficiente.

E hoje, quando o grupo necessita de jogadores mais experientes para baixar a bola e acalmar as coisas em campo, a tentativa de solução vem com os mais jovens, como se o foco fosse apenas a copa de 2018, para a qual não sabemos se essa turma vai se classificar. Para tanto, precisa ter um time bom já, aproveitando, sim, os jovens que já estiverem prontos, mas sem abrir mão da experiência daqueles que podem equilibrar as ações nos confrontos contra os tinhosos adversários que teremos pela frente.

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