Para 58% dos curitibanos, cidade não terá grandes jogos na Copa

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A presença da campeã mundial Espanha é o brilho solitário que restou ao curitibano na disputa da Copa de 2014. Um consolo à capital relegada a receber seleções inexpres­­sivas, sem astros e com jogos válidos apenas pela primeira fase.

Dentre as outras sete equipes com jogo agendado para a capital (com exceção da Nigéria e o ouro olímpico em 2000), nenhum dos outros times que passará por Curitiba possui um título de expressão mundial.

Por isso, a insatisfação local com o sorteio dos duelos da Copa do Mundo, realizado no início do mês, foi latente: 58% dos entrevistados em uma pesquisa encomendada pela Gazeta do Povo dizem que a cidade não receberá grandes jogos. Entre eles, 82,8% citaram a Fúria como um grande time. E quase desprezaram o restante das equipes que jogará por aqui.

Bem abaixo, na avaliação feita pelo Instituto Paraná Pes­­quisas, aparecerem Rússia (18,6%), Austrália (10,6%), Nigéria (8,2%), Equador (6,3), Argélia (1,8), Honduras (1,2%) e Irã, que não foi citado por nenhum dos entrevistados. Para a realização da pesquisa foram ouvidos 704 habitantes de Curitiba entre os dias 15 a 18 de dezembro. A margem estimada de erro é de 4%.

Apenas 31% das pessoas ouvidas consideraram que a Arena vai receber grandes jogos, enquanto 58% reconheceram que os confrontos são mesmo de pouca expressão. A Copa começa na sede para­­naense com Irã x Nigéria (16/6) e segue com Honduras x Equador (20/6), o esperado Austrália x Espanha (23/6) e encerra sua participação com Argélia x Rússia (26/6).

A pesquisa também consultou os curitibanos sobre como pretendem ver os jogos da Copa e apenas 2,8% responderam que assistirão no estádio, pois já compraram ou ainda tentam adquirir ingressos. A maioria disse que assistirá em casa (87,1%). A opção pelos bares e restaurantes foi citada por 1,4% dos entrevistados e 1,2% deles pretendem ver os jogos em espaços públicos, praças e parques com telão – este o tradicional Fan Fest que ainda não teve o local de realização definido na cidade.

Fora de campo, o levantamento apontou qual seria o maior problema que o torcedor estrangeiro encontrará na cidade e a violência liderou a resposta com 45,5% das citações. A dificuldade de comunicação, diante de poucas pessoas com domínio do inglês na cidade, ficou em segundo lugar (21,6%) e o transporte público em terceiro (11,6%).

Os moradores de Curitiba também foram questionados sobre qual seria o melhor destino para a prefeitura aplicar o dinheiro utilizado para as desapropriações no entorno da Arena. Saúde ganhou a preferência dos entrevistados com 42%, seguida por educação (15%), segurança (9%) e creches (8,4%).

Segundo o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro o desembolso chegou a R$ 14,2 milhões, que o Atlético deve devolver em permuta com outros imóveis até o fim do ano que vem.