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A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira (4) previsões de que haveria epidemia de dengue e racionamento de energia durante a Copa do Mundo no Brasil. Dilma deu a segunda de uma série de entrevistas a redes de TV sobre a Copa nesta quarta e negou também atrasos na entrega de obras de infraestrutura do Mundial. Ao SBT ela disse que as previsões e as críticas relativas à Copa são decorrentes de um "complexo de vira-latas", "uma certa diminuição de nós mesmos".

"Disseram que nós não teríamos Copa porque não teríamos aeroportos prontos. Depois disseram que a Copa seria um processo terrível, porque teria uma epidemia de dengue. Nada disso se verificou. Os 12 estádios estão entregues, os 12 aeroportos foram duplicados a capacidade de embarque e desembarque, e você não tem nem nunca terá, nesta época no Brasil, nenhuma possibilidade de uma epidemia de dengue num momento em que a temperatura cai", disse a presidente.

"Além disso, disseram que teríamos um brutal racionamento de energia. Nós não teremos racionamento de energia nem durante a Copa nem depois da Copa. O nosso Nelson Rodrigues consagrou o complexo de vira-latas. Eu acho que o complexo de vira-lata significa exatamente isso, uma certa diminuição de nós mesmos", continuou.

Questionada se atrasos em obras para o Mundial gerariam preocupação, negou que eles existiram. "Os aeroportos, primeiro, eles não foram feitos para a Copa. O que levou a gente a ampliar os aeroportos? A copa vai se aproveitar disso. É que, de 2002 a 2011, nós passamos de 33 milhões para em torno de 113 milhões de passageiros", enfatizou.

"O que nós prometemos que nós não entregamos? Estamos entregando toda a segurança. Toda. Integral. Todos os centros de comando e controle. Dois centros nacionais e doze centros em cada Estado. Estamos entregando uma rede de fibra ótica que não vai acontecer que o celular não funciona. Nós vamos ter todos o 3G e o 4G. Nós vamos ter nos estádios que permitiram o wi-fi, para descongestionar a rede de 4G", continuou.

Dilma ainda relatou ter passado por problemas de transporte em Londres, durante as Olimpíadas: "Eu estive na abertura das Olimpíadas em Londres. Eu sou chefe de Estado. Eu estava uma hora no trânsito, desci do veículo e fui tomar um metrô, porque não chegava. Uma hora de trânsito parado não chegava", disse.

Contou também que, em 1970, quando estava presa pela ditadura militar, torceu pelo tricampeonato brasileiro na Copa. "Muita gente dizia 'ah, se o Brasil ganhar, isso fortalece a ditadura'. (...) Eu acho que foi generalizado. Todo mundo torceu pelo Brasil", disse.

Ela afirmou ainda que não irá tolerar violência nas eventuais manifestações que ocorrerem, disse que esses atos são normais em ano eleitoral e que é "inadmissível" ameaça à integridade física de jornalistas e manifestantes.

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