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Casa de Flamengo e  Fluminense, o Maracanã é uma das arenas padrão Fifa na elite do Nacional. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Casa de Flamengo e Fluminense, o Maracanã é uma das arenas padrão Fifa na elite do Nacional.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Campeonato Brasileiro oferece a cada rodada um mundo diferente ao torcedor que vai aos jogos da Primeira Divisão. Há arena com teto retrátil, estádio quase inteiro ao relento, assentos que mais parecem de cinema e lugares no cimento áspero.

Contrastes, na maioria, por causa da passagem da Copa do Mundo pelo país. Para a realização do evento em 2014, 12 praças esportivas foram construídas ou tiveram as instalações adequadas aos rígidos padrões da Fifa. Casos do Maracanã, Itaquerão, Beira-Rio, Mineirão, Arena da Baixada, entre outros.

“Mudou o espaço físico, há mais conforto e segurança para o torcedor. São praças esportivas de acordo com o conceito europeu, americano, diferentes do que estávamos acostumados. Uma evolução considerável em pouco tempo”, diz o arquiteto Eduardo Castro Mello.

O escritório de Castro Mello foi o responsável por projetar o Estádio Nacional de Brasília, palco de sete partidas do Mundial. Participou também da concepção da Arena Pantanal, em Cuiabá, e da reformulação geral do Maracanã.

Sócio do Furacão, o securitário Moacir Tosin exalta o “novo mundo” rubro-negro. “A Arena ficou espetacular e mais confortável. E manteve o formato com as arquibancadas próximas do gramado, uma tradição do estádio, algo que favorece a pressão da torcida”, analisa.

O processo de desenvolvimento impulsionado pela Copa arrastou ainda Grêmio e Palmeiras. Mesmo sem as benesses do evento, a dupla encarou a necessidade de modernização. Allianz Parque e Arena do Grêmio não são padrão Fifa, mas não devem nada em conforto.

“São modelos excelentes. Cada qual com a sua particularidade. No caso do Palmeiras, mesmo inaugurada há tão pouco tempo [novembro de 2014], já pode ser considerada um sucesso”, comenta Amir Somoggi, consultor de marketing esportivo.

O processo de modernização do cenário fez os demais clubes se coçarem. E tentarem, dentro do possível, empreender melhorias nos velhos estádios, boa parte deles construídos ao longo dos anos 60 e 70. Uma necessidade para sobreviver, especialmente, no “negócio futebol”.

“Quem não melhorar as condições para o torcedor vai ficar para trás. É preciso investir nas acomodações, buscar conceitos modernos, inclusive para aproveitar melhor financeiramente”, destaca João Henrique Areias, consultor de marketing esportivo.

O Coritiba é um dos clubes que possui um estádio antigo, mas, há anos, tem procurado adequá-lo às necessidades atuais. Inaugurado em 1932, o Couto Pereira passou por diversas fases e reformulações, a última delas concluída no ano passado.

Em parceria com a fábrica de motocicletas Pro Tork, do interior do Paraná, o Coxa ergueu um setor nos moldes das arenas. A construção realizou o desejo da torcida de complementar a reta da Mauá e aproximou o clube dos novos tempos em termos de estrutura.

A ânsia por modernização, entretanto, não é encarada da mesma forma por todos os torcedores. “Nunca fui numa dessas arenas, nem sei como é. Meu time ainda joga em estádio. O cimento é gelado e, onde tem, as cadeiras são duras. Fizeram um setor moderno, mas o resto ainda resiste”, comenta André Folloni, advogado coxa-branca, satisfeito com a tradicional casa alviverde.

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