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Marcelo Oliveira quer celebrar o grande momento do Coritiba em 2011 com a classificação à final da Copa do Brasil | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Marcelo Oliveira quer celebrar o grande momento do Coritiba em 2011 com a classificação à final da Copa do Brasil| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Por um final diferente

O Coritiba pode conquistar a vaga inédita à final da Copa do Brasil, contra o Ceará, hoje, exatos 20 anos após ser eliminado na primeira das quatro semifinais a que chegou na competição. No dia 25 de maio de 1991, por pouco o Coxa de Hélcio e Pachequinho (foto) não conseguiu passar pelo Grêmio. Após empatar em casa por 1 a 1, o Alviverde perdeu por 1 a 0 em Porto Alegre.

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Entrevista

Édson Bastos, goleiro do Coritiba

Como está o moral do time para o importante jogo de hoje contra o Ceará, partida que pode levar o Coxa à final da Copa do Brasil?

Tentamos nos mobilizar o máximo possível. A motivação, por se tratar de uma decisão, vem ao natural. Não é necessário falar muita coisa. Procuramos passar tranquilidade, confiança, acima de tudo, para os mais jovens fazerem um bom jogo.

A experiência de jogadores como você, Pereira e Jéci, ape­­sar de os dois últimos não jo­­garem hoje, pode ajudar a equipe?

Pode. Temos essa possibilidade, jo­­gando por um resultado simples. Do outro lado, uma equipe pro­­cu­­ran­­­do jogar no nosso erro, como foi o Atlé­­tico-GO. Precisamos man­­ter a con­­cen­­tração. É uma decis­­ão, e ela é de­­finida em detalhes. Hoje temos um grupo comprometido, que sabe mui­­to bem o que quer. Fico feliz por ver no semblante de todos essa vontade.

Se a partida terminar com novo empate por 0 a 0, te­­re­­mos pênaltis. Preparado para uma eventual disputa deste tipo?

Pênalti é momento. Nossa preocupação é vencer o jogo, temos 90 minutos para isso, até porque so­­mos os mandantes. Como falei após a partida de ida, o primeiro resul­­tado [0 a 0] só vai ser bom se fizer­­mos o resultado em casa.

Qual a diferença desse grupo para o que foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil pelo Inter, dois anos atrás?

Não gosto de comparar muito o que se passou. Nosso momento é bom, temos de esquecer 2009. É outra situação, outros jogadores, poucos estiveram naquela oportunidade. Enfrentamos uma equipe que vinha em um momento muito bom, o Inter. São situações totalmente diferentes. Temos essa possibilidade real de chegar à decisão. Vamos, com calma, trabalhar para que isso aconteça. (FR)

"Se me perguntassem, no início de janeiro, se o Coritiba estaria neste momento perto da final da Copa do Brasil, eu não imaginaria". Além de sincera, a frase do vice-pre­­sidente coxa-branca, Vilson Ribeiro de Andrade, coincide com o pensamento de boa parte da torcida alviverde. Hoje, a partir das 21h50, esse mesmo torcedor, papel no qual Andrade está mais do que incluído, estará no Couto Pereira para ajudar o time a ir além do antes inimaginável.

Com uma vitória simples diante do Ceará, o Coxa alcançaria – pela primeira vez – uma final de Copa do Brasil. O centenário clube estaria, então, a dois passos de uma inédita conquista e de uma sonhada vaga para voltar a disputar a Libertadores em 2012. Se o placar zerado do primeiro jogo se repetir, a decisão vai para os pênaltis. Empate com gols ou vitória dos visitantes elimina o Alviverde.

A trajetória avassaladora até a semifinal do torneio mata-mata animou o grupo coxa-branca e fez crescer um desejo que estava guardado para mais tarde – chegar à maior competição continental em 2013 era a meta inicial. Triunfos sobre Ypiranga-RS, Atlético-GO, Caxias e, por último, Palmeiras, com direito à goleada por 6 a 0 que encantou o país, anteciparam a possibilidade de alçar o Coxa a um patamar mais alto.

"Conquistamos o Paranaense, que era nosso objetivo, e esperávamos fazer um bom papel nas ou­­tras competições. Mas, com muito trabalho, fomos chegando e agora estamos perto", afirma Andrade.

A mesma felicidade está estampada no rosto do técnico Marcelo Oliveira. Aos 56 anos, o mineiro está no auge da carreira. "É a possibilidade e a oportunidade de entrar para a história do clube, percebendo que o Coritiba nunca chegou a uma final, nem ganhou uma Copa do Brasil. E nem esses jogadores ganharam", declara o comandante, explicitando o desejo de conquistas de seu grupo.

Somente o zagueiro Pereira – vetado pelo departamento médico –, campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e 2004, e o meia Rafinha, que esteve no grupo do São Paulo que venceu o Nacional em 2007, têm no currículo títulos nacionais de expressão. "É uma oportunidade única. Pode ser a de nossas vi­­das", diz o goleiro Édson Bastos. "Seria um resultado único. Vamos dar o melhor para conseguirmos isso, para o clube e nós mesmos", emenda o meia Davi. "Particu­larmente, nesta semana falamos muito sobre isso", faz coro o za­­gueiro Demerson – que volta após desfalcar a equipe contra o Atlético-GO, pelo Brasileiro.

"Construímos esse momento através do nosso trabalho. E nada melhor do que celebrar isso com uma grande vitória, respeitando nosso forte adversário", fecha o treinador.

Ao vivo

Coritiba x Ceará, às 21h50, na RPC TV, na Rádio 98 FM (98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.

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