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Jogadores dançam o “Créu” na comemoraçaõ do gol de Elias, o primeiro do Atlético | Felipe Oliveira/ AGIF/ Folhapress
Jogadores dançam o “Créu” na comemoraçaõ do gol de Elias, o primeiro do Atlético| Foto: Felipe Oliveira/ AGIF/ Folhapress

Copa 2014

Vice de futebol troca alegria por ataques a ex-aliado

Enquanto parte do elenco atleticano comemorava em campo o triunfo que colocou o time no G4 do Brasileiro, o vice-presidente de futebol do Atlético, João Alfredo Silva, preferiu extravasar a raiva respondendo às acusações de favorecimento de parentes do presidente Mario Celso Petraglia nas obras da Arena da Baixada.

O dirigente dirigia-se, sem citar o nome, ao vice-presidente do Conselho Deliberativo do clube, José Cid Campêlo Filho, responsável por trazer à tona as contratações do primo e do filho do mandatário atleticano.

"Não vamos admitir que pessoas de baixo nível falem do Atlético. Falo a quem quiser vestir a carapuça. Nós somos homens sérios, honestos. Falou mal, vai ser processado criminalmente", avisou, bastante alterado. Silva aproveitou para reafirmar a legalidade das negociações. "Eu convido todas as instituições [de fiscalização pública] para verificar nossos contratos", disse.

A ‘reta final’

Atlético - 4º, 58 pontos

Guarani (c), Guaratinguetá (c), São Caetano (f), América-RN (c), ASA (f), Criciúma (f),Paraná (c).

São Caetano - 5º, 57 pontos

Ipatinga (c), Vitória (f), Atlético (c), Criciúma (f), Boa (c), Goiás (c), Guarani (f).

O jogo

Depois de um primeiro tempo sofrido, o Atlético voltou inspirado do vestiário e conseguiu marcar já aos 2 minutos da etapa final (Elias). Com um jogador a menos depois que Botelho foi expulso, aos 12, o Furacão, surpreendentemente, não perdeu o ritmo e foi todo pressão sobre o Vitória. Marcão fechou o placar.

O abraço coletivo do elenco e o sorriso generalizado não deixaram dúvidas. Depois de tanto insistir – seis rodadas – para romper a porta do G4, o Atlético finalmente conseguiu ultrapassou a barreira que divide a Segundona e o retorno à elite.

O triunfo sobre o Vitória por 2 a 0 no Barradão, tomado pela torcida baiana, credenciou o time de Ricardo Drubscky a estar entre os quatro melhores colocados do campeonato, com 58 pontos, mas o resultado ainda não é tratado com euforia pelo grupo.

A última vez que o Furacão entrou na zona de acesso foi na 24ª rodada. Depois disso, uma luta constante para superar o São Caetano, agora 5º lugar. A combinação foi inusitada: o time paulista empatou com o lanterna Barueri e os paranaenses superaram o vice-líder, hoje 3º.

A sete rodadas do fim do Brasileiro, o Atlético adota cautela. "É difícil entrar no G4, mas é mais difícil se manter. A gente tem um grupo comprometido, batalhador, que vai lutar até o final", prometeu o lateral Wellington Saci.

Na mesma linha, o técnico Ricardo Drubscky preferiu conter o discurso inflamado e, mesmo com quatro vitórias consecutivas, tem na mente as contas que o time ainda precisa fazer para se manter na linha de frente. "O campeonato continua sendo difícil e nós estamos fazendo com que os times da frente fiquem espertos", analisou o técnico, sem esconder a satisfação com a apresentação em Salvador.

Depois de um primeiro tempo marcado pela falta de criatividade para sair da marcação adiantada do Vitória, o time atleticano voltou do vestiário com força extra. Abriu o placar, aos 2 minutos, com Elias. Ao se redescobrir, venceu as próprias limitações e impôs seu domínio até o fim da partida, mesmo contando com um jogador a menos desde os 12 minutos da etapa final. "Foi uma vitória maiúscula, contra um time grande, com casa cheia. É um jogo pra não se esquecer", definiu o técnico. Marcão sacramentou o triunfo aos 17 da etapa final.

O centroavante destacou a postura do time contra uma das forças da Série B. "A gente sabia o que queria, fizemos a marcação forte e, com a posse de bola, jogamos com personalidade. Desse jeito, a gente vai conseguir colocar o Atlético na Série A", projetou o atacante.

O Atlético recebe o Guara­­ni, terça-feira, às 15 horas, no Ecoestádio.

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