Atlético torce por desvalorização do real para lucrar mais com negociações

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Com três importantes vendas de jogadores fechadas neste ano (Ederson, Fernandão e Nathan) e outras duas no fim de 2014 (Douglas Coutinho e Marcelo), o Atlético está de olho no mercado financeiro para lucrar mais.

Como os contratos são feitos sempre em dólar ou euro, a variação das moedas possibilita um ganho extra para o clube quando a conversão é feita para o real. Entre janeiro e a segunda-feira (13), a moeda americana subiu 14,8%, enquanto o salto da europeia foi de 8,8%.

A situação foi exposta pela diretoria atleticana durante assembleia extraordinária nesta segunda, no CT do Caju. Sem a presença do presidente Mario Celso Petraglia, que está em Miami, nos Estados Unidos, a bancada do conselho administrativo, comandada pelos vices Luiz Sallim Emed e Marcio Lara, explicou que até aqui o clube recebeu apenas 10% do valor total das transações.

A maior parte das parcelas seria paga a partir de julho, e justamente por isso a direção do Furacão torce para o real perder força agora. Os atacantes Marcelo e Douglas Coutinho, por exemplo, foram negociados com o Doyen Sports por € 4 milhões (50%) e € 4,5 milhões (70%), respectivamente.

Já Nathan se transferiu ao Chelsea por aproximadamente € 5 milhões. Fernandão, que foi comprado pelo Fenerbahçe, renderá cerca de € 3,5 milhões. Ederson, o último a ser negociado – com o Kashiwa Reysol – custou US$ 3 milhões aos japoneses.

Com clima bem menos pesado do que nas últimas reuniões, quando houve discussões ríspidas, a assembleia aprovou por unanimidade a alteração no estatuto, necessária para o clube conseguir isenção de impostos em atividades decorrentes da exploração multiuso da Arena da Baixada, conforme rege o texto do Código Tributário Nacional.