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Walter foi apresentado à torcida do Atlético antes do jogo contra o Remo, na Arena da Baixada. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Walter foi apresentado à torcida do Atlético antes do jogo contra o Remo, na Arena da Baixada.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A preocupação com os quilos a mais do atacante Walter é o principal assunto entre os torcedores atleticanos nos últimos dias. Rapidamente se torna assunto em qualquer roda de conversas – virtuais ou não - entre os rubro-negros.

Walter chegou ao Furacão com 94 kg, quatro acima do considerado ideal, mas longe dos 106 kg que tinha quando foi apresentado no Fluminense, em 2014. O “peso” que isso terá no seu dia a dia só será medido pelo desempenho em campo e minimizado pelo que o jogador pode agregar ao grupo. Além de gols, o Atlético projeta que a presença dele repercuta diretamente no abalado estado de espírito do elenco.

Problemas na infância fizeram com que Walter se apegasse ao futebol para encontrar paz. “O único brinquedo que ele conheceu na vida foi a bola. São inseparáveis”, lembra Harley, ex-goleiro, hoje diretor do Goiás, e que trabalhou com o atacante em 2012 e 2013.

“A vida dele não foi fácil. Viu um irmão ser assassinado e outro está preso. Veio de uma das maiores favelas de Recife. Mesmo depois de tudo isso, é um cara sensacional, alto astral”, garante o preparador físico Robson Gomes, responsável por controlar o peso de Walter no Goiás.

“Os jogadores gostam muito dele. Onde ele estava era uma festa. É o jogador perfeito para segurar uma situação como essa que vive o Atlético. Chama a turma, bota uma música e faz questão de fazer amigos”, acrescenta o profissional.

A condição psicológica do elenco atleticano, prejudicada pela péssima campanha do time no Campeonato Paranaense, pode apresentar uma melhora com o “jeito Walter” de ser. “É um cara muito bacana, muito companheiro, carismático. Cativa todo mundo pela simplicidade. E pelos gols, é claro”, afirma Harley.

Quando chegou ao Goiás, em 2012, Walter despertou desconfiança. Rapidamente o foco mudou. Na estreia, antecipada pela necessidade de gols da equipe, jogou acima do peso estipulado e marcou três gols. Não saiu mais do time. “Questão de peso? Ele estreou e já virou ídolo. A questão era mais brincadeira do que uma cobrança profissional. Em campo ele sempre se garantiu”, diz o ex-goleiro, confiante de que o jogador pode repetir o mesmo roteiro de sucesso.

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