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Apresentado segunda-feira, o indiano Romeo Fernandes fica por empréstimo até junho no Atlético. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Apresentado segunda-feira, o indiano Romeo Fernandes fica por empréstimo até junho no Atlético.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A dificuldade com o idioma será apenas uma das que o tímido indiano Romeo Fernandes, 22 anos, terá para se adaptar ao futebol brasileiro. O jogador, destaque do FC Goa, na recém-criada e milionária Liga Indiana de futebol, foi apresentado segunda-feira (2) como novo reforço do Atlético por empréstimo até junho.

A companhia diária e o apoio de Beto Silva, ex-jogador, agente e descobridor de Fernandes, deve terminar até sexta-feira (6), quando ele retorna à Índia. A partir de então, o novo meia-atacante atleticano, que era treinado por Zico em seu país, vai morar sozinho no CT do Caju. Mas terá o apoio de um quase conterrâneo, o engenheiro químico e torcedor do Furacão Adit Miranda.

Nascido na Bélgica, Miranda, que é filho de pais indianos do estado de Goa, região colonizada por portugueses de onde também é Fernandes, morou em Curitiba, quando se apaixonou pelo Furacão. Mesmo morando atualmente no Rio de Janeiro, Miranda se ofereceu para ser o cicerone do indiano no Brasil nos dois próximos meses, quando estará na cidade por questões pessoais, desde que autorizado pelo clube.

Um encontro entre os dois será intermediado pelo diretor de relações internacionais do Atlético, Luiz Greco, que recebeu com animação a oferta do “compatriota” de Fernandes.

Miranda se diz orgulhoso só com a oportunidade de ver um jogador da Índia tendo reconhecimento no Brasil. Por isso, se ofereceu para ajudar no período de adaptação. “É uma virada completa no modo de vida de uma pessoa que nasceu e viveu na Índia. Costumes, alimentação, cultura. Estou me espelhando nas dificuldades que minha mãe teve quando veio ao Brasil”, disse o torcedor.

A notícia da contratação de Fernandes pelo Atlético tem repercutido na Índia, segundo o engenheiro. “Só se fala disso. Tenho muitos parentes por lá e estão todos animados”, revela Miranda.

A experiência multicultural de Miranda deve ajudar a amenizar problemas de Fernandes em Curitiba, como a saudade de casa, a adaptação ao clima e aos costumes brasileiros. Os pais de Miranda, José e Sara, moram há 30 anos na cidade e sempre ofereceram assistência a indianos que vêm estudar na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde José lecionava (está aposentado).

Miranda afirma já ter assistido a alguns jogos de Fernandes na Índia, quando o meia-atacante jogava pelo Dempo College – time que também foi defendido por Beto Silva, empresário do jogador. “Estive lá em 2013 e vi alguns jogos. Mas nunca imaginei que ele pudesse vir a jogar justamente no Atlético”, ressalta o torcedor.

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