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A renda com sócios foi a única que teve crescimento entre 2009, ano do rebaixamento, e 2010, o da disputa da Série B. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A renda com sócios foi a única que teve crescimento entre 2009, ano do rebaixamento, e 2010, o da disputa da Série B.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Após vencer o Santos e sair da zona de rebaixamento, restam duas rodadas para o Coritiba tentar garantir de vez a permanência na Série A, evitando um prejuízo técnico e, principalmente, financeiro para o clube.

“É lógico que um rebaixamento causa uma perda financeira com receita dos jogos, espaço publicitário na camisa e no estádio. Atinge a marca”, admite o vice-presidente do Coritiba, Alceni Guerra.

De acordo com o matemático Tristão Garcia, após o triunfo no Couto Pereira, o risco de queda coxa-branca diminuiu de 50% para 24%. Um alívio momentâneo para quem não quer reviver o pesadelo de 2009, temporada em que o clube caiu pela última vez.

TABELA: Veja a classificação da Série A

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O balanço financeiro do ano seguinte, 2010, mostrou que o Coxa perdeu cerca de R$ 10 milhões ao ser obrigado a disputar a Segundona. “O prejuízo foi incalculável. Perdemos patrocinadores também porque não queriam ligar o nome à invasão do Couto Pereira, após aquele empate com o Fluminense”, relembra o ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que cuidava das finanças do clube.

A perda com patrocinadores, de acordo com o balanço do clube, foi de cerca de R$ 1 milhão. Além disso, foram R$ 6 milhões a menos obtidos com venda de jogadores, resultado da menor exposição com a Série B.

O prejuízo maior, porém, ocorreu por causa da renda oriunda da tevê, que diminuiu em R$ 5 milhões. Na época, todos os times rebaixados perdiam automaticamente metade da receita da televisão. Hoje, a regra mudou: no primeiro ano de Série B, a verba é mantida. Caso o time acumule o segundo ano na Segundona, o valor cai para 80%. No terceiro, para 50%.

Além disso, começa a valer em 2016 o novo contrato com a tevê, o que fará essa receita pular de cerca de R$ 30 milhões para R$ 50 milhões. Isso indica um prejuízo menor com um eventual rebaixamento em 2015. No entanto, a ideia é rechaçada no clube. “Estamos confiantes de que não precisaremos contabilizar esse prejuízo no próximo orçamento”, diz Guerra.

O único alento ao se analisar o balanço de 2010 é que, pelo menos naquele ano, o Coxa ganhou mais com associados do que em 2009. Cerca de R$ 2 milhões, consequência da torcida ter abraçado o time na busca do retorno à Série A. O Coxa ainda havia terminado a parceria com a empresa Novo Traço, que retia 30% do valor dos sócios para prestar o serviço, o que ajudou a aumentar a renda desse setor.

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