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Técnico Roberto Fernandes comanda o treino no Paraná. Jogo contra o Bragantino é considerado crucial para o Tricolor. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Técnico Roberto Fernandes comanda o treino no Paraná. Jogo contra o Bragantino é considerado crucial para o Tricolor.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Paraná recebe o Bragantino, sexta-feira (28), na Vila Capanema, em confronto direto contra o rebaixamento na Série B. Um revés diminui para três pontos a “gordura” paranista para a ZR. No clube, o duelo é encarado como o mais importante do ano. E com razão: a queda de divisão seria um golpe duro para o Tricolor.

Fim das cotas de tevê, diminuição no número de sócios, calendário enxuto e dificuldades de contratar no mercado da bola são ingredientes que tornam a Série C altamente ingrata.

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O primeiro prejuízo seria financeiro. Em 2016, o Paraná recebeu R$ 4,6 milhões de cotas de tevê da CBF. Já na divisão inferior, a entidade banca aos participantes apenas passagens aéreas para deslocamentos superiores a 700 km, além de hospedagem nos dias de jogos.

Perda monetária que se agrava com a diminuição do número de sócios e público que decorrem do rebaixamento. “Tivemos um prejuízo enorme sem as receitas da Série B”, admite Judas Tadeu, presidente do ABC. O clube nordestino foi rebaixado em 2015. Neste ano, retornou para a Série B.

Tadeu explica que a folha salarial do ABC teve de ser reduzia em três vezes após a queda. “No nosso caso, contamos com uma receita boa da Timemania, quadro de sócios [3.500 adimplentes] e alguns patrocínios. Foi complicado, mas conseguimos”, prossegue.

Além de render menos grana, a Série C seduz menos os boleiros. “A Série B é bem melhor, a divulgação na tevê é sem comparação”, analisa o lateral-direito Danilo Baia, que defendeu o Tricolor na Série B de 2015 e o América-RN na Série C deste ano.

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“No Paraná, tinha uma visibilidade muito boa, além do campeonato ser mais longo, com nível melhor. A Série C é mais curta, mais disputada e tem menos vitrine. Estou torcendo para o Paraná não cair. Para um clube em reestruturação seria um desastre total”, opina.

Panorama confirmado pelo presidente do Juventude, Roberto Tonietto. “Assim que subimos para a Série B, a oferta de atletas cresceu muito. É mais fácil convencer um jogador a atuar na Série B. O mercado se abre”, diz. O clube gaúcho caiu para a Série C em 2009 e foi rebaixado para a Série D no ano seguinte. Em 2017 retornará para a Segundona.

Por fim, pesa a fórmula de disputa da Série C. Na primeira fase, são dois grupos de dez participantes, sendo que os quatro primeiros de cada grupo avançam para as fases de mata-mata. Os quatro finalistas sobem. “É melhor não cair. O acesso é muito difícil depois. No mata-mata, nem sempre o melhor time ganha. Você pode fazer um belo campeonato como o Fortaleza tem feito nos últimos anos e não subir”, completa Tonietto.

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