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Mario Celso Petraglia e Rogério Bacellar, presidentes de Atlético e Coritiba, respectivamente. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Mario Celso Petraglia e Rogério Bacellar, presidentes de Atlético e Coritiba, respectivamente.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Relegado ao Torneio da Morte, o Atlético desperta a piedade e até torcida do maior rival. A diretoria do Coritiba lamenta o prejuízo técnico e, especialmente, financeiro, com a ausência rubro-negra na fase mata-mata do Campeonato Paranaense e espera pela sobrevivência atleticana na elite caseira.

A compaixão pelo mais tradicional adversário segue a linha de aproximação inédita desenhada esse ano e também reflete a preocupação com o esvaziamento ainda maior do já deficitário torneio estadual.

Ainda no domingo (29), o vice-presidente Ernesto Pedroso reconheceu a situação lamentável do Atlético e confessou sua torcida contra o rebaixamento, que seria ‘fatal’ para o campeonato.

“O campeonato é pautado pela rivalidade. O futebol depende do espetáculo, de times competitivos e grandes jogos. É triste ver um coirmão passando por maus bocados. Seria tétrico se caísse para a segunda divisão”, reforçou o dirigente na segunda-feira (30).

Ele não quis analisar os motivos que levaram à derrocada atleticana. Preferiu fazer um recorte macro da situação e comentou as dificuldades do futebol brasileiro, com endividamento e gastos fora da realidade. “São necessários ajustes. Vemos o Paraná em um momento delicado, o Atlético bem com seu estádio, patrimônio, mas numa situação também delicada financeiramente. Nós, com uma equipe competitiva, mas administrando um passivo complicado”, enumerou.

O presidente Rogério Bacellar citou o baque nas contas dos clubes causado com a perda da maior atração do torneio local. “Disputar o Paranaense é sempre complicado. Imagina sem adversários como o Maringá, Londrina, Paraná e Atlético? É uma competição deficitária e vivemos com a expectativa da renda de um grande jogo para amenizar o um pouco o prejuízo”, afirmou. O Atletiba deste ano, na quinta rodada, levou 15.721 pessoas ao Couto Pereira e rendeu R$ 344.628,00 (valor bruto), no maior público da competição.

Apesar do risco, a cúpula alviverde confia na salvação rubro-negra. Mesmo em caso de insucesso, não cogita uma reviravolta política para criar uma liga em 2016.

“Não cogitamos isso. Nós pensamos que a Federação precisa valorizar os times para ter um campeonato forte, como faz a Federação Catarinense que hoje conta com quatro times na primeira divisão e um na segunda”, comparou Bacellar.

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