A briga da Federação Paranaense de Futebol (FPF) contra o Batel de Guarapuava pode não terminar bem. E justamente a parte mais fraca tem mais chances de levar a melhor. A procuradoria da Justiça Desportiva denunciou, na noite de quarta-feira, a FPF e seu atual presidente, Hélio Cury, por entrarem na Justiça Comum contra uma decisão do STJD que restabelecia a filiação do Batel junto à Federação. O julgamento será realizado na tarde desta sexta-feira (6).
O Batel voltou ao futebol profissional após ficar parado por cinco anos e conseguiu em 2013 o direito de disputar a Terceira Divisão do Paranaense, após a FPF tentar desfiliá-lo no TJD/PR. Em fevereiro do ano passado, o STJD analisou o recurso do Batel e decidiu manter a filiação do clube de Guarapuava, que disputou a competição estadual, ficou em terceiro lugar e subiu para a Segunda Divisão graças à desistência do Junior Team.
Mas, ao acionar a Justiça Comum para tentar a desfiliação do Batel, a FPF e Hélio Cury infringiram dois artigos do estatuto do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), além do estatuto da Fifa, da CBF e da própria federação.
De acordo com a procuradoria, a FPF e Hélio Cury responderão pelo artigo 231 e 191, que dizem, respectivamente, sobre recorrer à Justiça Comum antes de esgotar todas as instâncias da Justiça Desportiva, ou fazer a mesma coisa por meio de outras pessoas ou entidades; e que a punição se estende para as pessoas envolvidas com as organização que buscaram a justiça comum. No caso, Hélio Cury.
Se for condenada, a Federação pode receber uma multa de até 100 mil reais por infração, ou seja, pode pagar até 200 mil reais em multas. Já o presidente Hélio Cury pode ser suspenso por 360 dias e receber multa de 100 mil reais. Cury terá um prazo de três dias para recorrer da sentença.
O dirigente disputa com Ricardo Gomyde a presidência da FPF. A eleição será realizada em 21 de março e uma eventual punição do STJD não o tiraria da disputa.
WhatsApp
Deixe sua opinião