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Sobram motivos para os torcedores de Coritiba e Palmeiras amanhecerem tensos e ficarem o dia inteiro ligados, até o apito final do árbitro. Ah, o árbitro, personagem que quanto mais despercebido passa durante um jogo de futebol melhor é. Entretanto, pelo pênalti discutível assinalado contra e pelo pênalti não marcado sobre Tcheco no jogo anterior, a arbitragem ganhou uma relevância que não deveria ter e a CBF escalou o mineiro Sandro Meira Ricci, que se não é nenhuma "Brastemp do apito", anda que longe de ser mau juiz. Basta ele ter critério e bom senso para levar a decisão sem grandes percalços. Amém.

O cenário da decisão está pronto, pois o Palmeiras tratou de apimentar a disputa solicitando proteção policial especial do aeroporto até o hotel no centro da capital, como se o jogo fosse realizado no interior do Afeganistão e não em Curitiba, cidade que tem muito a ensinar aos paulistas em termos de organização, planejamento, mobilidade urbana, segurança e, sobretudo, educação.

O verdadeiro problema do Palmeiras é outro: o time é tecnicamente fraco, cumpre campanha surpreendente e vem bastante descaracterizado, devendo armar a maior retranca para evitar a goleada que consagrará o Coxa como campeão. Felipão é excelente técnico e certamente saberá preparar os seus jogadores, tanto na parte emocional quanto estratégica. O jogo promete.

A goleada de 6 a 0 na Copa passada pode ter sido um acidente, mas, impulsionado pela turbina da garra e da força coletiva, o time coxa-branca espera operar prodígios nesta noite. Sem preocupações estéticas e combinando eficiência com objetividade, o técnico Marcelo Oliveira espera que os gols perdidos em Barueri tornem-se realidade no Alto da Glória.

Todos os jogadores entrarão em campo com o pensamento voltado para a história e isso se aplica tanto aos coritibanos quanto aos palmeirenses, afinal o título em jogo é da maior relevância e salvará o ano de um deles, pois ambos começaram mal no Campeonato Brasileiro. O próprio Felipão jogou a toalha depois da última derrota, afirmando que a única alternativa viável é o título desta noite e a vaga na Libertadores. Mais sereno e muito mais confiante em seu elenco, Marcelo Oliveira aposta na virada, na conquista do título e na recuperação dentro do Nacional em andamento.

A torcida do Coritiba desempenhará papel importante não só na moldura do espetáculo e no colorido do cenário, mas na transmissão de energia e força aos jogadores na busca do resultado. O incentivo será tão decisivo quanto o desempenho de cada atleta. Mas é preciso ter paciência, afinal a vantagem obtida pelo Palmeiras foi considerável e a sua equipe também faz da garra a principal arma para o sucesso.

Portanto, calma, afinal trata-se apenas de mais uma partida decisiva. Nada que um chope, um pastel e um prozac não resolvam.

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