Primeiro espanhol a conquistar um campeonato da NBA, campeão do mundo com a seleção espanhola, duas vezes vice-campeão olímpico e três vezes campeão da Europa, Pau Gasol reconheceu que está avaliando a hipótese de não vir à Olimpíada do Rio. Motivo: zika vírus.
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“Estou avaliando, como qualquer pessoa. Acredito que é um assunto importante”, disse em artigo escrito no conceituado jornal El País, com o nome Sonho olímpico ou pesadelo sanitário . “Espero que os diferentes Comitês Olímpicos nacionais informem 100% da situação e riscos para os atletas, para que possam tomar uma decisão sobre assumir ou não este risco”, acrescentou o pivô.
“Das minhas conversas com especialistas, tanto americanos quanto espanhóis, tiro a conclusão que o Zika vírus é realmente uma ameaça muito mais séria e prejudicial do que acreditamos. Sabemos muito pouco e não nos preocupamos o suficiente”, segue o atleta do Chicago Bulls.
Ele faz coro ao pedido de adiamento ou troca de sede, feito por cientistas. “Em plena ‘emergência sanitária global’, como classifica a OMS, chegam os Jogos Olímpicos. 150 especialistas mundiais, em uma carta dirigida a esta organização, já levantaram suas vozes para pedir que esses Jogos sejam adiados ou organizados em outra cidade menos exposta que o Rio, porque a epidemia, explica a carta, seria acelerada a partir da reunião olímpica.”
Gasol segue em tom firme no respeitado El País. “Os Jogos Olímpicos são o evento mais significativo e importante para qualquer atleta. Não participar de uma edição da Olimpíada seria devastador para um esportista de alto nível que dedicou sua vida inteira para esses minutos, ou até mesmo segundos de competição. Mas não se brinca com a saúde, e não falo apenas da saúde de cada atleta, mas também dos torcedores, das famílias que virão apoiar os atletas, das famílias às quais voltarão uma vez que a competição termine, a de seus futuros filhos ou filhas (...) É hora de conscientizar e de manter um diálogo aberto, informado unicamente pelos fatos e destinado a proteger as vidas e a saúde de nossa população, porque o temor se combate com o conhecimento. Temos que tomar decisões e medidas para que o sonho olímpico não se converta em um pesadelo sanitário.”
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