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Adriana Araújo, 34 anos, faz da olimpíada o último round antes de se aventurar no MMA. | Alexandre Schneider/Divulgação/Nissan
Adriana Araújo, 34 anos, faz da olimpíada o último round antes de se aventurar no MMA.| Foto: Alexandre Schneider/Divulgação/Nissan

Primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica no boxe, a baiana Adriana Araújo tentará ir além do bronze em Londres-2012 nos Jogos do Rio de Janeiro, em agosto. Depois disso, o caminho da pugilista de 34 anos parece reservar uma inevitável troca de habitat. Do ringue, para o octógono.

“Na minha mente, cogito partir para o MMA. Vamos ver lá na frente o que há preparado para mim, mas tenho na cabeça a ideia de representar o Brasil em um UFC da vida”, conta a Adriana à Gazeta do Povo.

“Vejo que na parte de trocação as meninas [do UFC] são muito fracas. Mas sei que não é apenas trocação”, frisa a baiana.

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Assim como já recebeu convites para lutar no boxe profissional – e recusou por causa do sonho olímpico –, Adriana também ouviu propostas para migrar para o esporte que mistura artes marciais.

Mas o fato de ainda não ter trocado de luvas não significa que Adriana já não tenha começado a se preparar para a mudança, mesmo que informalmente.

Primeiro, que ela é treinada desde a adolescência por Luiz Dórea, técnico de boxe dos ex-campeões do UFC Rodrigo Minotauro e Júnior Cigano. Também tem experiência com jiu-jítsu e muay thai e até já fez alguns sparrings de MMA na academia Champions, em Salvador.

Na verdade, só não seguiu treinando ambas as modalidades para não atrapalhar sua preparação para a Olimpíada. Vê-la no UFC em 2017, então, não seria algo fora da realidade.

“Nome para isso eu já tenho, já sou medalhista olímpica. A Ronda Rousey [ex-campeã da divisão dos galos (até 61 kg)] entrou lá assim”, lembra a boxeadora, citando que a estrela americana também já subiu no pódio olímpico – foi terceira colocada no judô em Pequim-2008.

Pela experiência de conviver com atletas de MMA na academia quase que diariamente, Adriana sabe que necessita uma preparação intensiva antes entrar no octógono para valer. A última coisa que ela quer é chegar crua, despreparada, especialmente na luta de chão.

Em pé, no entanto, ela se garante. Se a americana Holly Holm, multicampeã de boxe profissional, só conseguiu nocautear Ronda com um chute na cabeça, a brasileira prevê outro desfecho.

“Ela [Holly] não é uma atleta nata do boxe como eu. Se a Ronda parar na minha frente, pum... Nocauteio brincando”, promete Adriana.

*O jornalista viajou a convite da Nissan.

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