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“O técnico ideal para o momento do Atlético”. A frase dita pelo ex-zagueiro Heraldo é um resumo do que outros três ex-companheiros de trabalho de Cristóvão Borges disseram sobre o novo técnico do Atlético. Confirmado como substituto de Milton Mendes neste domingo, ele terá oito dias para aconselhar, orientar e treinar o Furacão para o jogo contra o Cruzeiro, dia 14 (quarta-feira), na Arena da Baixada.

Serão dias de muito trabalho. O Furacão não pontua há cinco rodadas e há sete não sabe o que é uma vitória. A queda livre tirou o time do G4 e jogou-o na zona intermediária da classificação, hoje mais perto do grupo de risco, do que da parte de cima da tabela. O jeito calmo de Cristóvão pode ajudar muito nesse momento.

“É um cara respeitado por todos e um aglutinador por natureza. Um profissional como ele se dá bem em qualquer time, em qualquer situação. Vai fazer muito bem para um ambiente como o do Atlético”, contou Heraldo, que junto com Cristóvão, Candido e Zezé Gomes vieram para o Furacão em 1983 como “moeda de troca” pela venda do casal 20 Washington e Assis para o Fluminense.

Desde aquele tempo o novo treinador atleticano se mostrava um cara de grupo, tanto no futebol, quanto na vida pessoal. Heraldo, que mais tarde brilharia no rival Coritiba, lembra que Cristóvão era muito querido pela classe artística. “Uma vez o Fagner veio cantar ali no terreno da Baixada e fomos nos camarotes. No dia seguinte batemos uma bola com ele. O Cristóvão é muito carismático até hoje”, lembra Heraldo, que revelou ainda que o amigo tem um filho curitibano.

No Rubro-Negro, em 83, Cristóvão mostrava um perfil diferenciado dos demais jogadores. “Ele já mostrava uma liderança. É um cara bom, inteligente, compenetrado e que gostava de estudar muito, de buscar conhecimento desde aquela época”, lembra Roberto Costa, ex-goleiro do Furacão, que dividiu treinos e jogos com Cristóvão no primeiro semestre de 83, ano em que conquistaram o título Paranaense – Cristóvão conquistaria outro em 1985.

Curiosamente Cristóvão não trabalhou só no Atlético. Em 2001 ele trabalhou no Coritiba como auxiliar técnico de Ricardo Gomes. No entanto a passagem é pouco lembrada pela torcida, mas não pelo então gerente de futebol Oscar Yamato. “Um profissional exemplar. Muito estudioso da parte tática, era um ótimo auxiliar para o Ricardo. A conduta dele sempre foi diferenciada, tanto pessoal, quanto profissionalmente”, lembrou. “Nunca tive dúvidas de que seria um ótimo treinador, como de fato é”, conclui o dirigente, hoje no Guarani de Palhoça-SC.

Antes de chegar ao Furacão, Cristóvão trabalhou no Vasco, Bahia, Fluminense e Flamengo. No Rubro-Negro foi treinador do atacante Marcelo Cirino, ex-jogador do Furacão. “É um bom treinador, um homem de muito respeito e que trata todo mundo muito bem. Uma ótima pessoa”, disse Marcelo, sem dar maiores detalhes sobre o jeito de trabalhar do treinador. “É normal”, disse.

No Furacão o treinador reencontra o atacante Walter, praticamente o substituto de Marcelo Cirino. No Fluminense ambos não tinham um bom relacionamento, já que o comandante chegou a criticar o problema do jogador com o peso, enquanto Walter reclamava de não ser escalado.

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