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As arquitetas Fernanda Menosso e Rose Raitani  planejaram uma impermeabilização completa na casa de Tânia Couto (à esquerda) | Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
As arquitetas Fernanda Menosso e Rose Raitani planejaram uma impermeabilização completa na casa de Tânia Couto (à esquerda)| Foto: Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Bonita, saudável, gratuita e ajuda a combater a umidade. Há muitas vantagens em aproveitar a iluminação do sol. Seja através da ampliação de vãos de esquadrias, aberturas de rasgos nas paredes ou amplas interligações entre o interior e o exterior, deixar o sol entrar em casa é recomendável para a manutenção da saúde da residência. "O sol funciona como de­­­­sinfetante natural, quando aquece e desumidifica o ambiente, elimina fungos e bactérias", afirma Ana Virgínia Sam­­paio, co­­­ordenadora do Labora­­tório de Conforto Am­­­biental da Univer­­sidade Estadual de Londrina (UEL). Ela lembra ainda a economia de energia que a iluminação natural proporciona.

Os problemas de umidade, decorrentes da deficiência de impermeabilização, são agravados pela insuficiência de entrada de sol no apartamento da arquiteta Marina Rodrigues. A face do imóvel é sul, considerada a pior no quesito insolação.

Um dos fatores que mais influenciam a luminosidade natural de um imóvel é a posição do terreno em relação à trajetória do sol ao longo do dia. Não por acaso, esse é um dos primeiros aspectos analisados por um arquiteto ou engenheiro ao elaborar um projeto, e um dos primeiros itens que se deve levar em conta ao comprar um apartamento ou casa. "Aqui, no hemisfério sul, o sol cruza o céu mais ao norte. Imóveis com paredes e janelas voltadas para o norte recebem mais luz e calor durante o ano todo. Isso vale para quem vive nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste", explica Ana.

As arquitetas ressaltam que uma forma de compensar a falta de sol é investir na ventilação. "Quando não há insolação, a ventilação precisa ser ainda mais eficiente", reforça Marina.

Outro artifício, para quem mora em apartamentos e não pode abrir novas entradas para a luz, é rebatê-la para que alcance todo o imóvel. Às vezes, basta mudar a cor do tecido de um estofado ou da parede, privilegiando os tons claros que rebatem a luz ou alterar a posição dos móveis. "O segredo é prestar atenção e pensar em como adaptar a decoração para aproveitar o máximo do sol", diz Ana.

Sem exagero

Mas a luz que auxilia pode atrapalhar se incidir exageradamente, aquecendo demais a residência e até danificando móveis. "O melhor é tirar proveito do sol da manhã, que é menos quente, e evitar a incidência do sol da tarde", aconselha a professora. Como regra geral, o ideal é que nenhum cômodo receba luz ou calor de mais ou de menos. "Duas horas de sol diárias em cada ambiente é o suficiente", comenta Ana. Para controlar a entrada de luz em casa, a arquiteta Marina Rodri­­gues recomenda o uso de elementos que ajudem a sombrear, como pérgulas, toldos e beirais. "Outra solução é usar vidros difusores, encontrados em lojas especializadas", diz. A escolha de vidros que filtrem a radiação solar é essencial porque os raios ultravioleta atuam na despigmentação das cores dos tecidos e podem manchar sofás e cortinas.

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