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Cris Lebelem, jornalista que se mudou com o filho, Pedro, para o Centro Cívico, bairro onde cresceu | Daniel Caron/Gazeta do Povo
Cris Lebelem, jornalista que se mudou com o filho, Pedro, para o Centro Cívico, bairro onde cresceu| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

Até R$ 400 mil

Este é o valor máximo que a maioria das pessoas à procura de um imóvel em Curitiba e região pagaria. Pela pesquisa da Brain e da Ademi-PR, 19% dos entrevistados pagariam até R$ 150 mil, 35% entre R$ 150 mil e R$ 250 mil, e 30% entre R$ 250 mil e R$ 400 mil.

Em relação à entrada, a disponibilidade não passa de R$ 25 mil para a maioria dos consumidores. Pelo levantamento, 21% dariam até R$ 15 mil e 14%, entre R$ 15 mil e R$ 25 mil.

Para aqueles que não podem pagar à vista pelo imóvel, a parcela mensal de financiamento tida como ideal fica entre R$ 600 e R$ 1 mil – opção de 42% das famílias com renda até a R$ 6 mil ouvidas pela pesquisa. É nesta faixa em que a grande maioria dos curitibanos se encaixa.

"Muito importante"

Entre os sete aspectos relevantes para a compra do imóvel sugeridos pela pesquisa aos mil consumidores que passaram pela Feira de Imóveis de Curitiba neste ano, a segurança recebeu o maior grau de relevância – 74% dos entrevistados a consideram "muito importante" na hora de fechar o negócio.

  • Área de lazer tem peso menor na escolha que a vaga de garagem

Guarita e altas cercas, sejam elas grades de ferro ou as modernas barreiras de vidro, vieram para ficar na paisagem de Curitiba. Embora a maioria dos curitibanos considere primeiro a localização (27%) ou o preço (26%) como fatores decisivos na escolha do imóvel, a segurança tem ganhado cada vez mais espaço entre os demais aspectos que envolvem a compra da casa. É o que mostra a pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), feita pela Brain Bureau de Inteli­gência Corporativa, com mil pessoas que passaram pela Feira de Imóveis de Curitiba nesse ano. Entre sete aspectos sugeridos pelo estudo, a segurança ganhou o maior grau de relevância (com 74% dos compradores considerando-a "muito importante"). É assim para quem busca a primeira residência e, principalmente, para quem está trocando de casa.

Não à toa, a coordenadora da Central de Vendas da incorporadora PDG em Curitiba, Vera Lima, tem observado uma crescente migração das famílias de casas para apartamentos. Um dos principais motivos para isso é o fator segurança, acompanhado também de mais praticidade. Neste caso estão famílias com filhos que precisam de alguma liberdade e praticam esportes.

Os condomínios-clube, com várias opções de lazer, têm atendido esses anseios – embora a pesquisa da Brain revele que nem todo item oferecido é considerado importante na hora de fechar o negócio.

Pelo levantamento, itens como espaço gourmet e churrasqueira têm um peso significativo – 17% e 16% dos consumidores em busca de um imóvel os consideram "muito importan­tes". Já a piscina foi considerada "nada importante" por mais da metade dos entrevistados. Ainda assim, muitos consideram a área de lazer relevante como valorização geral do imóvel.

Este é o caso do casal Lorenzo Andreola e Giza Lopes. Depois de visitarem exatos 84 imóveis durante quatro meses, eles fecharam negócio no empreendimento Quartier, da Camargo Corrêa, no Água Verde. Ao todo, são 34 itens de lazer, que o casal acredita que não usará, mas não lamenta, já que devem valorizar o apartamento em uma eventual venda. Apenas de uma coisa, dizem, não dava para abrir mão: pelo menos duas vagas de garagem (lá eles terão três).

Localização

Ainda que a concentração de lançamentos na cidade mude de tempos em tempos, uma tendência permanece: a de se procurar o imóvel no bairro da família. No caso de Giza, o Água Verde é onde ela vive desde criança e que ama, sem reservas.

A jornalista Cris Lebelem também seguiu o mesmo caminho. Depois de morar em outros bairros, ela acaba de voltar para o Centro Cívico, para um conjunto de ruas tranquilas entre o Museu Oscar Niemeyer e o Bosque do Papa.

"Ali está o mercado que a gente gosta, a padaria conhecida, os amigos que encontra pela rua", diz Cris, que conta não ter viajado em um dos últimos feriadões para aproveitar melhor o espaço reconquistado, pelo prazer de andar pelas redondezas com o filho Pedro. "Nunca dormi tão bem", conta.

Quem casa quer...apartamento

A pesquisa da Ademi-PR e da Brain revelou as três principais razões para a procura de imóveis em Curitiba e região: a troca por uma residência maior ou mais nova (citada por 29% dos entrevistados); a saída do aluguel (motivo de 27%); e o casamento (com 24%).

Pelo levantamento também, na capital paranaense quem casa quer apartamento. Isso mesmo. Entre os visitantes da Feira de Imóveis de 2012, 58% estavam à procura de apartamentos. Casas de rua e sobrados tiveram 18% e 12% da preferência, respectivamente.

Quando analisada a renda, os motivos mudam um pouco. Para quem ganha até R$ 4 mil, o casamento responde por mais de 25% da motivação. Já para quem vai de R$ 4 mil a R$ 6 mil, o upgrade para uma casa maior ou mais nova se destaca.

O imóvel ideal, segundo a pesquisa, é composto por três quartos (preferência de 60% dos entrevistados), dois banheiros (67%) e, ao menos, duas vagas de garagem (50%).

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