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Clássicas e duráveis, as pedras naturais nunca saem de moda e continuam conquistando moradores quando o assunto é planejar a reforma ou a construção do imóvel. Assim como ocorre com outros tipos de acabamentos, a opção por determinado tipo de pedra para o revestimento de pisos, paredes e bancadas depende do tipo de ambiente, tráfego e, principalmente, do orçamento do projeto.

“É importante destacar que para cada ambiente e uso existe um tipo específico de pedra e de corte. Além disso, a pedra é um material de fácil recuperação – em relação a trincas e riscos – e reposição, ao contrário de outros revestimentos”, acrescenta a arquiteta Milena Schulmeister, da Konzept Construções Civis.

Mármores e granitos

Tradicional, o mármore traz sofisticação e requinte aos ambientes. Os tons claros de suas peças, que facilitam a combinação com outras cores, é um dos pontos de destaque do revestimento, como lembra Simone Kovalhuk, diretora da Michelangelo Mármores.

Rocha calcária, o mármore é um material poroso, o que pode favorecer o surgimento de riscos e manchas causadas, por exemplo, pelo derramamento de líquidos. Esta característica é compartilhada por outras pedras, como o granito. “É possível impermeabilizar a pedra com um produto hidro-óleo repelente, que preenche esses poros, aumentando sua vida útil”, explica Paulo Roberto Dvulhatka, diretor técnico do Studio Carrara. O custo do m² do mármore gira entre R$ 750 e R$ 800 por m², em média.

Mais resistente devido à sua composição química – quartzo, feldspato e mica –, o granito é indicado para uso em cozinhas e ambientes de alto tráfego, como halls de entrada, e custa cerca de R$ 700 por m². Suas cores mais “fortes” – verde, cinza e preto – interferem nas possibilidades de combinação com outras tonalidades, mas ajudam a disfarçar possíveis manchas na pedra.

Outro tipo de rocha calcária, o limestone é utilizado para revestimento de pisos internos e externos e fachadas. Fosca e com coloração em tom de areia, a pedra custa em torno de R$ 700 por m².

Já o travertino, muito utilizado em halls de entrada, tem como principal característica os poros visíveis, que deixam a pedra com um aspecto de “queijo”, como lembra Dvulhatka. O m² da pedra custa cerca de R$ 900.

Translúcida

Com textura de vidro e sem poros, o ônix tem na translucidez de suas peças seu principal atrativo. Tal característica permite que se trabalhe com efeitos de luz no revestimento de tetos, tampos de pia e detalhes nas paredes, por ex emplo.

Devido à sua fina espessura, as pedras são mais frágeis – o que inviabiliza sua instalação em áreas de uso intenso – e costumam ser comercializadas em tamanhos menores. O custo elevado do metro quadrado, que gira em torno de R$ 3 mil, é outro ponto que pesa contra este tipo de revestimento.

Pedras artificiais

Produzido industrialmente, o quartzo é uma pedra artificial com aparência de peças naturais. Fabricado com cerca de 95% de matéria natural, resina e pigmentos corantes, ele é livre de poros, o que faz com que não tenha proliferação de bactérias. “É preciso tomar cuidado com o calor. Uma chaleira colocada sobre a bancada pode manchar a pedra”, ensina Paulo Roberto Dvulhatka, diretor técnico do Studio Carrara. Tal fato não ocorre com o dekton. Novidade entre as pedras artificiais, o material é supercompacto e não poroso. O custo do m² do quartzo é de cerca de R$ 1,3 mil/m², enquanto o dekton fica na casa dos R$ 3,2 mil/m².

Pedras são opção para o revestimento de calçadas

Além dos espaços internos, as pedras naturais também podem ser utilizadas para revestir as calçadas, garantindo durabilidade, beleza e funcionalidade aos ambientes externos da residência. Entre os tipos mais comuns para esta finalidade estão as pedras lousa (paralelepípedo, R$ 1,75 a peça), miracema (R$ 22,8/m²) e portuguesa, a famosa petit-pavé (R$ 25/m²).

A arquiteta Milena Schulmeister, da Konzept Construções Civis, explica que elas são mais resistentes do que outros tipos de revestimento, e que também podem ser aplicadas na parede. “Neste caso, a espessura delas é menor e a mão de obra mais especializada, para fazer uma melhor composição das peças”, acrescenta.

Para as bordas de piscinas, as pedras mais indicadas são as goiana e são tomé, que são mais “brutas” e têm características antiderrapante e térmica, o que faz com que elas não absorvam tanto calor e, consequentemente, esquentem menos. Milena afirma que, neste caso, é possível utilizar o retalho das pedras, o que reduz o custo com o revestimento. O preço do m² do retalho das pedras gira entre R$ 28,8 e R$ 24,8, respectivamente, na Pedras Ouro e Prata.

Para a instalação das pedras, a arquiteta ensina que é necessário que o contrapiso seja bem executado e impermeabilizado. No caso da utilização das peças nas fachadas, além da impermeabilização das paredes, é possível aplicar um produto selante que gera uma película protetora sobre elas, garantindo maior durabilidade ao revestimento. “De dois em dois anos é interessante contratar o serviço de uma empresa especializada para fazer a avaliação e a reaplicação desse produto”, ensina Milena.

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