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Pelo menos duas pessoas tiveram de ser hospitalizadas de acordo com a polícia | Reuters
Pelo menos duas pessoas tiveram de ser hospitalizadas de acordo com a polícia| Foto: Reuters
  • Prédio atingido abriga escritórios da Receita Federal
  • Agente da polícia federal americana conversa com civis em local próximo ao do incidente
  • Policias examinam a destruição causada pelo avião atirado contra o prédio da Receita Federal
  • Imagem do prédio e dos destroços logo depois do choque
  • Autoridades descartaram em princípio a possibilidade de atentado terrorista

Um cidadão americano indignado com o sistema de arrecadação de impostos nos Estados Unidos jogou nesta quinta-feira (18)o avião monomotor que pilotava contra um edifício do fisco em Austin, no Estado do Texas, vizinho de um prédio do FBI, a polícia federal americana. A morte do piloto não foi confirmada oficialmente até o momento.

A colisão causou um grande incêndio e deixou milhares de pessoas em pânico. Pelo menos 190 funcionários trabalham no local no momento do ataque. Vários funcionários foram hospitalizados, mas suas identidades e estado de saúde não foram divulgados. O subchefe do corpo de bombeiros local, Harry Evans, disse que havia pelo menos um desaparecido no edifício atingido.

O piloto suicida foi identificado como Joseph Andrew Stack. Segundo autoridades americanas, ele era engenheiro de software e teria incendiado a própria casa antes do incidente. Stack publicou um texto na internet descrevendo seus problemas com o fisco e no qual dizia que a violência era "a única solução".

"Uma vez eu li que o significado da loucura é repetir o mesmo processo uma vez depois da outra e esperar um resultado diferente. Por isso, estou pronto para pôr um fim a essa loucura Aqui tens, senhor grande irmão IRS (Serviço de Impostos Interno, em inglês), algo diferente: ofereço meus quilos de carne e felizes sonhos", diz a mensagem postada hoje. A autenticidade da nota não pôde, entretanto, ser verificada de forma independente.

O ataque suicida fez com que o Comando de Defesa Aeroespacial dos Estados Unidos (Norad, na sigla em inglês) enviasse dois caças de combate F-16 da base aérea de Ellington Field para patrulhar o espaço aéreo de Austin. Autoridades negaram imediatamente que a ação estivesse vinculada ao terrorismo internacional.

O avião usado pelo suicida foi um Piper Cherokee. Ele decolou do aeroporto de Georgetown e, segundo as normas da aviação, não era obrigado a manter contato com os controladores aéreos durante o voo.

"Esta resposta da Norad foi uma medida prudente e consistente com nossa resposta a incidentes aéreos semelhantes", disse o porta-voz do comando, Jamie Graybeal.

As janelas do segundo e do terceiro andares do edifício governamental foram tomadas pelas chamas e por uma densa fumaça negra. Os bombeiros tentaram por horas controlar o incêndio provocado pela colisão. Os funcionários do prédio de sete andares foram orientados a deixar o local às pressas e reunir-se no estacionamento.

Segundo o porta-voz da Administração-Geral de Aviação dos Estados Unidos, Lynn Lunsford, o piloto não apresentou nenhum plano de voo prévio. A funcionária do fisco Peggy Walker, que trabalha no edifício, estava sentada em sua mesa de escritório quando sentiu o impacto do avião. "Foi como se uma bomba tivesse explodido. Nós nos levantamos e saímos correndo", disse.

O Birô Nacional de Segurança do Transporte disse ter enviado uma equipe de especialistas para investigar os detalhes do acidente. Para muitos americanos, a ação desta quinta-feira trouxe lembranças do 11 de Setembro, quando sequestradores lançaram dois aviões de passageiros contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e um terceiro contra o Pentágono, além de um quarto que caiu na Pensilvânia.

Em outro incidente na quinta-feira, um voo da United Airlines que havia partido de Denver com destino a San Francisco foi desviado para Salt Lake City por causa de um bilhete ameaçador achado a bordo, segundo autoridades aeroportuárias locais. Os passageiros, sua bagagem e o avião estavam sendo reexaminados, segundo a Administração Federal de Aviação.

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