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| Foto: Martin Acosta/Reuters

Brasileiros em visita a Buenos Aires disseram estranhar que as ruas estejam limpas, neste domingo (22), dia em que os argentinos elegem o futuro presidente do país em uma disputada eleição de segundo turno.

“Não está sujo, cheio de papéis na rua. Não tem bagunça, gritaria. É outra coisa”, diz a esteticista Izabel Fátima Silva, 56.

Em passagem pela capital argentina para um curso de podologia, ela aproveitou o domingo para passear na Recoleta.

“Se não fosse pelos restaurantes fechados e pela guia do city tour, que nos disse que não trabalharia hoje [neste domingo] por causa da eleição, nem nos daríamos conta”, disse a amiga Maria Socorro Barbosa, 60.

Desde às 8h da última sexta os políticos e os partidos não podem mais fazer propaganda nas ruas e nos meios de comunicação. Também é proibida a venda de bebida alcoólica desde às 18h de sábado.

O casal Priscila e Gláucio Gomes, moradores do Rio, também notou como diferença a ausência dos santinhos de papel jogados pela cidade, como no Brasil.

“Se fosse no Brasil estaria cheio de papel jogado na rua”, disse Gláucio.

  • Mesário argentino toma chimarrão enquanto aguarda a chegada dos eleitores em colégio eleitoral de Buenos Aires.
  • Eleitor foi votar trajado com a bandeira nacional na capital argentina.
  • O candidato da situação Daniel Scioli votou pela manhã em uma escola de Tigre.
  • Eleitora argentina compareceu logo cedo ao local de votação: filas pequenas.
  • É a primeira vez que a eleição presidencial argentina tem um segundo turno: 32 milhões de eleitores devem ir às urnas.
  • Eleitores procuram a sua zona eleitoral: pleito vai definir o sucessor de Cristina Kirchner.
  • Cerca de 100 mil soldados foram acionados para garantir a segurança no segundo turno argentino.
  • Menino vestido de Darth Vader acompanha o pai durante votação na capital argentina.
  • Favorito nas pesquisas, Maurício Macri foi cercado pelos jornalistas após votar em Buenos Aires.

Eles reclamam apenas dos preços da alimentação na cidade. “Gastamos 400 pesos [pouco mais de R$ 100] para jantar ontem, acho que a moeda deles está bem desvalorizada”, opinou Priscila.

Para a podóloga mineira Sandra Mafra, 49, a sensação é de que os argentinos estão cansados do governo de Cristina Kirchner, há oito anos no poder.

O engenheiro Rafael Verde, 27, que está na cidade para participar de um campeonato de rollerderby, acredita que o resultado eleitoral na Argentina pode influenciar o vizinho Brasil.

“Se o candidato da situação perder pode ser ruim para o PT, pois o partido, como o kirchnerismo, está no poder há muito tempo”, disse.

A produtora Lara Baineri, 27, porém, disse que os argentinos com quem conversou não arriscavam sugerir quem venceria a eleição.

“Estão muito divididos, parece uma eleição muito concorrida.”

As últimas pesquisas de intenção de voto indicavam o candidato da oposição, Mauricio Macri, na frente.

Mas os peronistas, aliados do candidato governista Daniel Scioli, tinham a esperança de que votantes não captados pelas sondagens tenham optado pelo peronismo.

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