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Combatentes leais ao presidente do Iêmen, Abdo Rabu Mansur Hadi, durante confronto contra milicianos houthis na cidade portuária de Áden | STRINGER/REUTERS
Combatentes leais ao presidente do Iêmen, Abdo Rabu Mansur Hadi, durante confronto contra milicianos houthis na cidade portuária de Áden| Foto: STRINGER/REUTERS

Os combates entre milicianos houthis e forças leais ao presidente do Iêmen, Abdo Rabu Mansur Hadi, continuaram nas últimas horas, enquanto também prosseguem os ataques da aviação da coalizão árabe contra posições dos rebeldes.

Na cidade de Taiz, a terceira mais importante do país, estão sendo registrados intensos confrontos entre houthis e as tropas leais a Hadi.

Três tanques dos milicianos xiitas foram destruídos durante a noite passada em combates no bairro de Bir Basha.

Mais de 15 mil soldados se unem ao presidente iemenita contra houthis

A Primeira Zona Militar do Exército do Iêmen, integrada por mais de 15 mil soldados, se uniu às forças leais ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, contra o movimento xiita dos houthis, disse neste domingo à Agência Efe uma fonte militar.

O comandante da unidade, o general Abderahman al Halili, fez o anúncio em uma reunião com líderes tribais e dirigentes militares realizada na cidade de Siun, na província de Hadramaut, sede do grupo militar.

Al Halili era um dos chefes militares leais ao ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, que é um aliado próximo dos houthis.

As forças da Primeira Zona Militar controlam mais da metade da fronteira entre o Iêmen e a Arábia Saudita, país que lidera a coalizão árabe que desde 26 de março realiza bombardeios aéreos contra os milicianos houthis.

A coalizão declarou guerra contra os rebeldes xiitas para tentar conter seu avanço rumo a Áden, onde Hadi tinha estabelecido sua sede provisória após fugir de Sana, que caiu em mãos dos rebeldes em setembro do ano passado. Posteriormente, Hadi se refugiou em Riad, na Arábia Saudita.

Uma fonte médica de Taiz disse à Agência Efe que pelo menos 12 houthis e cinco milicianos tribais favoráveis a Hadi morreram nos enfrentamentos.

Além disso, relatou que 16 combatentes xiitas e policiais morreram nesta madrugada em um ataque aéreo da coalizão árabe contra quartéis das Forças Especiais de Segurança, leais aos houthis, no centro de Taiz.

Testemunhas disseram que aviões de combate voltaram a bombardear o Palácio Presidencial de Taiz, que já foi alvo de vários ataques desde o início da operação aérea “Tempestade de Firmeza”, em 26 de março.

A coalizão árabe afirma que o movimento xiita dos houthis utiliza o edifício como sede de seu comando de operações em Taiz.

Além disso, os bombardeios destruíram a sede local do Departamento da Segurança Política (serviço secreto) na cidade.

Os combates se intensificaram neste domingo na cidade costeira de Aden entre as forças que apoiam Hadi e os houthis, no bairro de Jur Meksar e nos arredores do aeroporto local, controlado pelos milicianos xiitas.

Segundo testemunhas, líderes religiosos nas mesquitas da cidade convocam desde a manhã de hoje os jovens a se unirem à guerra santa (“jihad”) contra os invasores houthis, cujo principal reduto se encontra nas montanhas no norte do país.

Na província próxima de Dalea, ao menos sete milicianos xiitas e quatro soldados leais a Hadi morreram em enfrentamentos em Al Yalila e no cruzamento da rodovia para Al Shoeib.

Além disso, mais de 10 milicianos xiitas morreram na província de Al Baida, no centro do Iêmen, em um ataque repentino lançado por combatentes tribais sunitas contra uma posição houthi na área de Al Serar, próxima a histórica cidade de Redaa, informaram fontes tribais.

E três membros do movimento xiita morreram em um ataque contra um posto de controle houthi em um acesso a Ataq, capital da província de Shebua, explicou uma fonte de segurança.

Segundo a fonte, o ataque foi cometido pela rede terrorista Al Qaeda.

ONU: Arábia Saudita financiará ajuda ao Iêmen

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a Arábia Saudita concordou em pagar o custo total de US$ 273,7 milhões para enviar ajuda de emergência ao Iêmen a fim de evitar uma catástrofe humanitária.

A ONU emitiu o apelo urgente na semana passada, argumentando que era necessário para salvar vidas e proteger algumas 7,5 milhões de pessoas afetadas por conflitos no Iêmen e com extrema necessidade de suprimentos médicos, água potável, assistência alimentar, abrigo de emergência e apoio logístico.

Purnima Kashyap, coordenador humanitário da Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) no Iêmen, disse que a ONU é grata à Arábia Saudita por cobrir a totalidade dos custos, mas pediu a todos os outros parceiros que continuem prestando assistência porque as necessidades continuam aumentando. Uma coalizão liderada pelos árabes lançou uma ofensiva aérea contra os rebeldes xiitas do Iêmen em 26 de março.

Enquanto isso, o partido político do ex-autocrata de longa data do Iêmen elogiou a resolução das Nações Unidas pedindo cessar-fogo no país, insistindo que todos os envolvidos no conflito cumpram o apelo.

Em comunicado publicado domingo em seu site, o partido Congresso Geral do Povo, de Ali Abdullah Saleh, disse que “responderia positivamente” à resolução do Conselho de Segurança da ONU divulgada na semana passada. A resolução exige que todos os partidos do Iêmen, especialmente os rebeldes xiitas conhecidos como houthis, deixem de lado a violência e voltem rapidamente para as negociações de paz conduzidas pela ONU para uma transição política.

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