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A basílica da Sagrada Família recebeu forte aparato policial para a missa que contou com a presença dos reis da Espanha. | Pascal Guyot/AFP
A basílica da Sagrada Família recebeu forte aparato policial para a missa que contou com a presença dos reis da Espanha.| Foto: Pascal Guyot/AFP

Os reis da Espanha e o primeiro-ministro Mariano Rajoy participaram, neste domingo, de uma missa solene na Basílica da Sagrada Família, em memória das vítimas dos ataques terroristas que deixaram 14 mortos e cerca de 120 feridos nesta semana. O rei Felipe VI e a rainha Letizia, Rajoy, o presidente da Generalitat catalã, Carles Puigdemont, e outras autoridades locais participaram da missa, celebrada pelo arcebispo de Barcelona, cardeal Joan Josep Omella.

Os monarcas visitaram no sábado os feridos em hospitais locais e acenderam velas na avenida Las Ramblas, onde ocorreu um dos ataques. Treze pessoas morreram na quinta-feira, no atentado realizado com uma van em Barcelona. Horas depois, outra pessoa morreu em um ataque com um carro na localidade costeira de Cambrils, já na madrugada de sexta-feira (hora local). O Estado Islâmico reivindicou a autoria da ação.

O arcebispo de Barcelona pediu que a Espanha se una para trabalhar por um mundo mais pacífico. Omella disse, na missa, que a presença da comunidade muçulmana catalã na igreja era sinal de um “bonito mosaico” e que era preciso trabalhar pelo objetivo comum “da paz, do respeito e da convivência fraterna, do amor solidário”. Ele também leu um telegrama de condolências enviado pelo papa sobre o “cruel atentado terrorista”.

O rei Felipe VI e a rainha Letizia conversam com o arcebispo de Barcelona, Joan Omella, após a missa.Javier Soriano/AFP

Papa Francisco

Neste domingo, o papa Francisco pediu o fim da “violência desumana” que golpeou inocentes em Burkina Faso, na Espanha e na Finlândia nos últimos dias. O pontífice falou na Praça de São Pedro e disse que o mundo leva no coração “a dor desses ataques terroristas”. O papa pediu a Deus que “libere o mundo dessa violência desumana”. Dezoito pessoas morreram há uma semana na capital de Burkina Faso, após extremistas islâmicos atacarem clientes em um popular restaurante local. Na Finlândia, na sexta-feira, um marroquino de 18 anos que havia pedido asilo no país matou duas pessoas e feriu sete com uma arma branca.

Caça aos foragidos

Autoridades da Espanha buscavam neste domingo um homem ainda foragido, apontado como responsável pelos dois ataques terroristas. Além disso, disseram que dois outros suspeitos ainda dados como foragidos provavelmente estão mortos.

No sábado, autoridades já haviam indicado que dois dos suspeitos que ainda não haviam sido encontrados estariam mortos. No domingo, elas disseram que tinham mais certeza de que os dois – ainda não identificados para o público – morreram em uma explosão ocorrida na cidade de Alcanar. A polícia acredita que os suspeitos estavam fabricando bombas para utilizá-las em pelo menos um ataque com explosivos em Barcelona. Os planos foram frustrados quando houve uma explosão acidental no local, na noite de quarta-feira.

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A polícia encontrou dezenas de botijões de gás em Alcanar, que segundo uma autoridade local seriam colocados em dois veículos para fazer um ataque terrorista maior. O chefe de polícia da Catalunha, Josep Lluís Trapero, disse que a intenção era fazer um ou vários ataques maiores, mas o plano foi frustrado pela explosão, o que levou os extremistas restantes a recorrer à estratégia de atropelar pedestres.

A pessoa ainda buscada é Younes Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos, segundo uma fonte ligada à investigação. Ele é apontado como o provável motorista da van que atropelou pessoas em Barcelona na quinta-feira. Abouyaaqoub vivia em Ripoll, cidade que é um dos locais principais da investigação do episódio terrorista.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade da ação por meio de sua agência de notícias oficial, a Amaq. Policiais espanhóis ainda não disseram, porém, se há evidências do envolvimento do grupo extremista.

No sábado, o ministro do Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, garantiu que a célula terrorista em Barcelona “foi completamente desmantelada”. Já o ministro do Interior catalão, Joaquim Forn, afirmou que a investigação não pode ser dada como encerrada até que sejam localizadas e detidas todas as pessoas que formam parte dessa célula.

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