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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta (28), durante uma manifestação pró-governo em Caracas, que a partir das 5h (horário local, 6h30 em Brasília) de sábado (29) serão fechados outros postos de fronteira com a Colômbia no Estado de Táchira.

Desde 20 de agosto, estão interditadas as passagens de San Antonio Del Táchira e de Ureña.

Agora, também serão fechados os postos que atendem as cidades de Lobatera, Ayacucho, Panamericano e García de Hevia. A região ficará sob estado de emergência. Ao todo, ficarão obstruídos 160 quilômetros (dos quase 2.300) da linha que divide Colômbia e Venezuela.

Segundo a agência de notícias Efe, na nova área afetada não existem postos importantes, mas passagens que vinham sendo utilizadas como caminhos alternativos para cruzar a divisa entre os países nos últimos dias.

Não foi dado prazo para a reabertura dos postos.

Segundo Maduro, a decisão se mostrou necessária após um novo confronto entre Forças Armadas venezuelanas e supostos paramilitares na fronteira. O presidente disse que mais de 3.000 soldados foram mobilizados para atuar na região.

Em discurso à multidão, Maduro afirmou que tem tido “bastante paciência” com a Colômbia. “Há um ano disse a Juan Manuel Santos [presidente colombiano]: vamos fazer um plano para combater o contrabando, os paramilitares, os aproveitadores. Um ano depois, o lado colombiano não fez nada.”

Diálogo

Apesar do novo anúncio, Maduro disse que está disposto a se encontrar com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, para dialogar.

“Estou disposto a me reunir com o presidente Santos para falar sobre esses temas onde ele quiser, quando ele quiser e como ele quiser. Ele e eu, sozinhos”, disse.

Um encontro entre representantes colombianos e venezuelanos na quarta (26) não chegou a um acordo para a reabertura da fronteira.

Na quinta (27), o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, convocou o embaixador do país na Venezuela para consultas -gesto que, na linguagem diplomática, demonstra alto grau de insatisfação com o país anfitrião. Em resposta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou de volta seu embaixador em Bogotá, horas depois.

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