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Refugiados sírios tentam seguir em direção à União Europeia. | Forças de Segurança da Macedônia/Fotos Públicas.
Refugiados sírios tentam seguir em direção à União Europeia.| Foto: Forças de Segurança da Macedônia/Fotos Públicas.

Um milhão de migrantes entraram na Europa desde janeiro, em sua maioria após uma viagem perigosa pelo Mediterrâneo, anunciaram na terça-feira (22) a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). A marca foi atingida na segunda-feira (21). Os migrantes fogem da crescente guerra civil, da pobreza e da perseguição na África e no Oriente Médio.

Enquanto os sentimentos de xenofobia aumentam em alguns lugares é importante reconhecer as contribuições positivas dos refugiados e migrantes nas sociedades em que vivem.

Antonio Guterres Alto Comissário da ONU para os Refugiados

“Até 21 de dezembro, 972 mil [migrantes] haviam atravessado o mar Mediterrâneo, segundo os cálculos do Acnur. E a OIM calcula que mais de 34 mil se dirigiram para a Bulgária e a Grécia depois de passar pela Turquia”, afirmam as organizações em um comunicado conjunto.

11 imigrantes

morreram afogados na terça-feira (22) em frente à costa da Turquia no mar Egeu, após o naufrágio da embarcação com a qual se dirigiam às ilhas gregas. Entre eles havia três crianças. A guarda costeira turca resgatou outras sete pessoas que viajavam no barco, que partiu da localidade turca de Kusadasi (sudoeste). Dezoito migrantes, incluindo crianças, morreram na sexta-feira em circunstâncias similares quando o barco no qual viajavam na ilha grega de Kálimnos afundou.

“O número representa o maior fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial na Europa”, destacou a OIM em outro comunicado. Em 2014, mais de 219 mil refugiados e migrantes atravessaram o Mediterrâneo. Em 2015, entre os refugiados, “uma em cada duas pessoas – meio milhão de pessoas – eram sírios em fuga da guerra em seu país”, afirmam Acnur e OIM. Os afegãos representaram 20% das chegadas à Europa e os iraquianos 7%.

O Alto Comissário pediu uma defesa dos “valores europeus fundamentais”, como os direitos humanos, a tolerância e a diversidade. “Sabemos que as migrações são inevitáveis, necessárias e desejáveis”, afirmou o diretor geral da OIM, William Lacy Swing.

A grande maioria dos refugiados e migrantes – mais de 821 mil – passou pela Grécia, onde 810 mil eles chegaram pelo mar.

Quase 150 mil migrantes entraram na Itália desde janeiro, quase 30 mil passaram pela Bulgária, mais de 3,8 mil pela Espanha, 269 pelo Chipre e 106 por Malta, segundo a organização com sede em Genebra.

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