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Fronteira entre o México e Estados Unidos. De um lado, o estado mexicano de Sonora; do outro, o norte-americano Arizona | AE/pa/ALFREDO ESTRELLA
Fronteira entre o México e Estados Unidos. De um lado, o estado mexicano de Sonora; do outro, o norte-americano Arizona| Foto: AE/pa/ALFREDO ESTRELLA

Apesar de a imigração continuar a ser um tema quente na campanha presidencial dos Estados Unidos, o número de pessoas que deixam o México para viver no vizinho do norte, legal e ilegalmente, caiu drasticamente nos últimos anos, segundo pesquisa divulgada na quarta-feira (22).

Os demógrafos da Universidade do Texas, em San Antonio (UTSA), e da Universidade de New Hampshire dizem que o número de imigrantes vindos de México atingiu o pico em 2003 e caiu em mais de metade desde então.

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Rogelio Saenz, decano da Faculdade de Políticas Públicas da UTSA e principal autor do estudo, disse que os motivos incluem menos empregos na construção civil, por causa da recessão de 2007-2009, combinados com a economia em crescimento e a taxa de natalidade em queda no México.

Um total de 819 mil pessoas emigraram do México para os Estados Unidos de 2008 a 2012, em comparação com 1,9 milhão entre 2003 e 2007, o que configura uma queda de 57%, de acordo com dados do Censo dos Estados Unidos, que não diferenciam entre imigração legal e ilegal.

“Na década de 1960 e 1970, a mulher mexicana tinha, em média, cerca de sete filhos. Isso criou uma população muito jovem no México, onde algumas décadas atrás 35% da população tinha menos de 15 anos de idade”, explica Saenz.

Segundo Saenz, esses dados demográficos faziam com que um grande número de jovens não conseguisse encontrar empregos no país, mas isso acabou porque a taxa de natalidade lá agora é quase a mesma dos EUA.

“Não há mais o excesso de força de trabalho que o México tinha apenas algumas décadas atrás”, disse ele.

Os imigrantes mexicanos de hoje são mais ricos e mais propensos a chegar com vistos especiais que os obrigam a fazer investimentos criadores de emprego nos EUA, disse Saenz.

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