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Premiê disse que eventual decisão contra Israel do TPI abriria “precedente perigoso” e prejudicaria ação de países que enfrentam o terrorismo
Premiê disse que eventual decisão contra Israel do TPI abriria “precedente perigoso” e prejudicaria ação de países que enfrentam o terrorismo| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta sexta-feira (26) que o país “nunca aceitará” qualquer decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) em relação à ofensiva na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista palestino Hamas.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo Hamas, alega que já morreram quase 34,5 mil pessoas na operação de Israel, que contesta os números.

“Sob minha liderança, Israel jamais aceitará qualquer tentativa do TPI de minar seu direito inerente à autodefesa”, escreveu Netanyahu em sua conta na rede social X (ex-Twitter), depois que se soube que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o outro tribunal de Haia, decidirá na próxima terça-feira sobre o pedido da Nicarágua de impor uma série de medidas para exigir que a Alemanha pare de dar apoio político, financeiro e militar a Israel diante do que chamou de “campanha de destruição” do povo palestino.

Para Netanyahu, nenhuma decisão do TPI “afetará as ações de Israel”, mas ele disse que “poderia estabelecer um precedente perigoso que ameaça os militares e oficiais de todas as democracias que lutam contra o terrorismo selvagem e a agressão sem sentido”.

“Israel continuará a travar até a vitória nossa guerra justa contra terroristas genocidas e nunca deixaremos de nos defender”, enfatizou.

A CIJ realizará uma sessão pública na terça-feira, na qual seu presidente, o juiz Nawaf Salam, lerá a decisão, informou o órgão em comunicado nesta sexta-feira.

Em 8 de abril, a ditadura da Nicarágua solicitou à CIJ que exigisse que a Alemanha “deixasse de fornecer apoio político, financeiro e militar a Israel, em face de sua campanha de destruição do povo palestino”, pois isso viola a Convenção sobre Genocídio, e pediu que Berlim diferenciasse seu compromisso com o “povo judeu” do “governo israelense”.

A Nicarágua alega que a Alemanha está violando especialmente a Convenção sobre Genocídio da ONU de 1948, criada após o Holocausto.

Além disso, a Nicarágua argumenta que Berlim está facilitando o genocídio em Gaza ao retirar seu financiamento para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

Em 10 de abril, a Alemanha disse à mais alta corte da ONU que a segurança de Israel está “no centro” de sua política externa e rejeitou as acusações da Nicarágua de que está facilitando o “genocídio” na Faixa de Gaza por meio da venda de armas a Israel.

A CIJ foi criada para resolver disputas entre países e se tornou um agente fundamental na guerra entre Israel e Hamas, que começou com os ataques dos terroristas em território israelense em 7 de outubro do ano passado.

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