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O futuro da energia, de acordo com uma opinião amplamente difundida, incluirá painéis solares e geradores eólicos, que continuam a proliferar, produzindo cada vez mais eletricidade com potencial de eclipsar os combustíveis fósseis.

Com o custo das tecnologias renováveis caindo acentuadamente, essa visão começa a tomar forma, especialmente em áreas com sol abundante ou vento constante.

A mudança parece simples na teoria — conecte mais sol e vento à mistura e desligue mais usinas que utilizam gás e carvão, livrando o mundo de milhões de toneladas de gases de efeito estufa.

Porém, dada a natureza variável dessas fontes renováveis — a eletricidade não é gerada quando o sol se põe, ou o ar está parado — elas oferecem desafios ao sistema de transmissão de energia.

Há muito tempo que as baterias são vistas como uma das principais formas de se trazer mais energia renovável à rede elétrica, armazenando energia elétrica durante épocas de excesso de geração e liberando-a quando necessário.

Agora, com o incentivo da implantação do armazenamento, pela instalação de painéis solares nos telhados e pela queda dos preços de células de lítio-íon, as baterias estão prontas para desempenhar um papel significativo no fornecimento de energia nos EUA.

Apesar da queda dos preços, grandes sistemas de baterias ainda não são baratos o suficiente para integrar fontes renováveis em grande escala. Esses sistemas, que são capazes de armazenar grandes quantidades de energia e liberá-la em uma hora ou mais, possuem algumas vantagens sobre outros métodos de armazenamento. Eles podem fornecer energia quase que instantaneamente e suportar ciclos contínuos de carga e descarga. E conforme cresce a fabricação de baterias e sistemas de controle, será mais fácil e mais barato implantar sistemas que funcionem de imediato.

Manter uma rede de confiança é como andar na corda bamba para os operadores, que lutam para manter um equilíbrio entre o fornecimento elétrico das fontes de geração e a demanda dos clientes. As baterias são especialmente valiosas porque podem responder rapidamente, adicionando mais energia ao sistema em menos de um segundo.

Aqui no laboratório da Southern California Edison, cientistas trabalham para disseminar o armazenamento em baterias.

As baterias — células de íons de lítio como as usadas em carros elétricos e outros tipos — são dispostas em fileiras em câmaras seladas de testes. Elas são submetidas a ciclos contínuos de carga e descarga, no calor e no frio, na umidade e na secura do deserto, para simular as condições que poderão enfrentar.

“Queremos ter uma noção da degradação do sistema e quanto tempo ele dura em campo”, disse Loic A. Gaillac, da Southern California Edison.

Ravi Manghani, analista do GTM Media, vê um crescimento significativo no setor de armazenamento de energia nos próximos cinco anos. “Esperamos ver uma média de crescimento anual entre 100 e 250 por cento. E grande parte disso virá com as baterias.”

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