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Todos os dias, empregados têm a oportunidade de adquirir novas informações que poderiam melhorar seu desempenho, mas muitos não aproveitam essa chance. Eles têm medo de pedir orientação.

As pessoas quase sempre hesitam em pedir conselhos porque temem que isso as fará parecer incompetentes, disse Alison Wood Brooks, professora-assistente da Harvard Business School.

Mas, na verdade, as que pedem orientação são vistas como mais competentes do que as que não pedem, segundo um artigo recente que ela escreveu com Francesca Gino, professora da Harvard Business School, e Maurice E. Schweitzer, professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia.

“Compartilhar informações é muito importante dentro das organizações”, disse Brooks. “Se todos ficassem sentados em seus nichos sem nunca interagir entre si, não aprenderiam nada uns com os outros.”

Pesquisadores analisaram as respostas de estudantes universitários e trabalhadores adultos a quem foi pedido que dessem suas impressões sobre pessoas (um parceiro simulado por computador, no caso) que pediram suas orientações sobre várias tarefas e testes escritos.

No entanto, existem exceções a essas conclusões gerais.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que se sentiam ansiosas deviam ter cautela ao buscar orientação, porque as que tinham menos confiança em seu próprio julgamento seriam menos capazes de discernir se determinado conselho era ruim.

Por outro lado, as que têm estado emocional neutro tendem a subestimar os conselhos que recebem, de acordo com outra pesquisa realizada por Gino.

“A maioria das pessoas não aceita conselhos dos outros, mesmo não se importando em ouvi-los”, afirmou por e-mail.

Isso deriva do que a psicóloga chama de “viés egocêntrico”, em que as pessoas acham que sabem mais do que os outros.

Ela também descobriu que as percepções sobre nossa própria competência são comumente imprecisas. Esse efeito é ainda maior entre pessoas que se sentem poderosas, descobriu a Gino em outro estudo.

“As pessoas que se sentem poderosas tendem a resistir aos conselhos dos outros porque elas sentem que o conselho é uma ameaça à afirmação de seu próprio poder e se sentem competindo com seus conselheiros”, segundo a professora.

Embora haja uma grande quantidade de pesquisas sobre como as pessoas reagem aos conselhos, muito poucas foram feitas sobre a procura de aconselhamento —e esta foi a área que Brooks, Gino e Schweitzer decidiram explorar em seu estudo mais recente.

O que eles descobriram sugere que, a menos que você esteja se sentindo ansioso, tem muito pouco a perder se procurar aconselhamento.

Ser requisitado para dar conselhos é elogioso.

Como disse Gino, “as pessoas normalmente acreditam que pedir aconselhamento é indelicado —não queremos incomodar os outros”. Mas, na verdade, “ao pedir que alguém compartilhe sua sabedoria pessoal, os que buscam aconselhamento afagam o ego do conselheiro e podem obter percepções valiosas”, disse ela.

Independentemente de aceitar ou não o conselho, “você não vai cair no conceito das pessoas —na verdade, elas vão considerá-la mais inteligente”.

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