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| Foto: Claudio Peri/EFE

Equipes de resgate encontraram ao menos 24 corpos dos cerca de 700 imigrantes desaparecidos após um naufrágio de um pesqueiro no canal da Sicília, informou a Guarda Costeira italiana.

Apenas 28 pessoas foram resgatadas com vida até o momento. Um dos sobreviventes disse que cerca de 700 pessoas viajavam no barco, que se acidentou a cerca de 70 milhas da costa da Líbia.

Uma fonte da Marinha de Malta explicou que 17 unidades coordenadas pela Itália foram enviadas para a zona do acidente, como parte da operação Triton, e que as equipes “trabalham sem descanso” para “encontrar sobreviventes”.

Segundo o testemunho relatado por Sami, a Guarda Costeira italiana recebeu um pedido de socorro durante a noite e pediu a um navio português que navegava perto da região que se desviasse até o local do indicado.

Quando o navio português se aproximava da embarcação dos imigrantes, estes “se colocaram todos no mesmo lado da embarcação e provocaram seu afundamento”. A embarcação portuguesa iniciou então os trabalhos de resgate.

Essa foi mais uma tragédia ocorrida nos últimos dias no mar Mediterrâneo. Na terça-feira (14), a organização Save The Children alertou que outros 400 imigrantes estão desaparecidos em consequência de um naufrágio.

Papa

O papa Francisco fez neste domingo (19) uma chamada para que a comunidade internacional “atue com decisão e prontidão” e evite mais tragédias como a ocorrida hoje no mar Mediterrâneo, quando cerca de 700 pessoas desapareceram após o naufrágio de um barco com imigrantes que viajava para a Itália.

“Dirijo uma premente chamada à comunidade internacional para que atue com decisão e prontidão, com o objetivo de evitar que esse tipo de tragédia volte a ocorrer”, disse Francisco.

O papa afirmou que as vítimas “são homens e mulheres como nós, irmãos que buscam uma vida melhor, famintos, perseguidos, feridos, explorados e vítimas de guerras”.

Francisco fez as declarações durante discurso pronunciado após a reza do ângelus, diante de milhares de fiéis reunidos na praça São Pedro, no Vaticano.

O papa conclamou os presentes a “orar em silêncio primeiro e depois todos juntos por estes irmãos e irmãs” desaparecidos nas águas do canal da Sicília.

“Expresso minha profunda dor diante de uma tragédia como essa e concedo aos desaparecidos e suas famílias a recordação de minha oração”, disse.

O papa Francisco pediu neste sábado (18), durante um encontro com o presidente italiano, Sergio Mattarella, um “envolvimento mais amplo” da comunidade internacional.

“É evidente que as proporções do fenômeno requerem um envolvimento mais amplo. Não devemos nos cansar de solicitar um empenho mais extenso a nível europeu e internacional”, afirmou na ocasião.

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