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Os líderes dos dois principais partidos políticos da Grécia utilizaram, neste domingo, o pacote de resgate da Europa aos bancos da Espanha para sustentar suas mensagens ao eleitorado grego, uma semana antes das eleições nacionais do dia 17 de junho. Cada partido adaptou as consequências do pacote aos ideais que defendem.

O líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, disse que a ajuda mostrou como é importante para a Grécia permanecer dentro da União Europeia, negociar com seus parceiros sobre os problemas do país e não partir para o isolamento. Já o partido de esquerda Syriza defendeu que o acordo espanhol mostrou que a única rota próspera para a Grécia é rejeitar os termos dos pacotes de ajuda que a própria Grécia recebeu.

A Espanha informou no sábado que iria pedir um empréstimo para a Europa para sanar seu sistema bancário, tornando-se o quarto país da zona do euro a solicitar um resgate financeiro à União Europeia, depois da Grécia, de Portugal e da Irlanda. O ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, disse que a União Europeia concederá um empréstimo de cerca de 100 bilhões de euros que o governo irá injetar nos bancos que precisam de capital.

Os governos da Europa colocaram intensa pressão na Espanha para que ela concordasse com o pacote de apoio aos bancos antes das eleições da Grécia de 17 de junho, que eles acreditam que poderão provocar uma nova onda de turbulência nos mercados financeiros da região.

O partido conservador Nova Democracia está empenhado em seguir os termos dos acordos de resgate da Grécia, o que significa adoção de medidas austeras, enquanto o partido Syriza, que emergiu como força política durante as eleições inconclusivas realizadas no mês passado, quer renegociar os termos.

A eleição deste mês está sendo vista como um referendo para o futuro da Grécia dentro da zona do euro, o que coloca o partido Syriza contra os partidos Nova Democracia e Pasok, que juntos apoiam o programa de reforma que foi acordado entre a Grécia, seus parceiros da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Enquanto um país como a Espanha negocia com a Europa, existem algumas pessoas aqui que afirmam que nós devemos isolar a Grécia", disse Samaras durante campanha no sul da Grécia. Em nota, o partido Syriza respondeu que "a conclusão tirada do acordo espanhol é completamente oposta daquela percebida pelo Sr. Samaras". Segundo Syriza, " a única rota de dignidade e prosperidade para o povo europeu está na rejeição das políticas de austeridade e recessão". As informações são da Dow Jones.

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