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Cerca de 10 mil pessoas participaram de uma manifestação em uma região do Tibete, ao sudoeste da China, para homenagear os 11 monges imolados neste ano, seis dos quais morreram, e pedir que Pequim pare com as políticas repressivas, informaram nesta segunda-feira grupos tibetanos no exílio.

Conforme o site da organização tibetana Liaowang Xizang, o protesto foi realizado no domingo na província de Sichuan, próximo ao mosteiro Tawu Nytso, onde uma freira morreu na semana passada após atear fogo ao próprio corpo em nome da libertação do Tibete.

Cerca de 1 mil monges tibetanos budistas organizaram preces em homenagem à freira, de 35 anos, chamada Palden Choetso, a última das 11 imolações registradas neste ano.

Os manifestantes gritaram slogans pedindo à comunidade internacional que pressione Pequim a interromper suas políticas repressivas, em caso contrário irão ocorrer a novas imolações. Nem as autoridades locais nem a imprensa oficial chinesa informaram sobre o protesto.

O Dalai Lama, exilado em Dharamsala (Índia) desde 1959, após liderar um levante fracassado contra o regime chinês, disse no Japão, onde está em visita, que as imolações são um protesto ao "genocídio cultural" que Pequim impõe às regiões tibetanas.

As 11 imolações foram cometidas em zonas próximas ao mosteiro de Kirti, na localidade tibetana de Aba, um dos centros religiosos mais importantes para o budismo tibetano.

A imprensa informou que a região está tomada pelo Exército chinês para evitar novos conflitos étnicos como o de 2008 que deixou dezenas de mortos em Lhasa, a capital do Tibete.

O governo chinês garante que o Tibete foi historicamente parte de seu território, mas muitos grupos tibetanos reivindicam que a região do Himalaia é independente há séculos, apesar de ter sido protetorado chinês por várias dinastias, e invadido pelas tropas britânicas em 1903

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