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Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher de Alberto Nisman | Enrique Marcarian/Reuters
Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher de Alberto Nisman| Foto: Enrique Marcarian/Reuters

Uma perícia independente revelou que o promotor argentino Alberto Nisman foi assassinado, disse a ex-mulher dele nesta quinta-feira (5). Ele foi encontrado morto dias após ter acusado a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de acobertar o suposto envolvimento do Irã num ataque em 1994 contra um centro judaico em Buenos Aires.

Autoridades argentinas não apresentaram os resultados completos da autópsia oficial de Nisman, que foi achado morto em uma poça de sangue com um tiro na cabeça em 18 de janeiro. Os poucos detalhes que foram divulgados pelas autoridades indicavam que ele cometeu suicídio, mas ainda não houve uma confirmação oficial sobre a causa da morte.

“Nisman não sofreu um acidente. Ele não cometeu suicídio. Eles o mataram”, afirmou Sandra Arroyo Salgado em entrevista coletiva, sem dar mais detalhes sobre quem teria matado o promotor de 52 anos, pai de seus dois filhos.

Mais cedo nesta quinta-feira, Sandra, que é juíza, transmitiu a perícia ao escritório da promotoria em Buenos Aires. Ela não deu detalhes sobre as descobertas aos jornalistas. Ela afirmou que uma autópsia separada não foi realizada e as conclusões da equipe foram com base em fotografias, vídeos feitos durante a autópsia, assim como testes adicionais feitos no necrotério.

A presidente Cristina classifica de “absurda” a acusação de Nisman de que ela tentou encobrir sua investigação sobre o bombardeio a um centro comunitário judaico e disse que espiões do Estado estavam por trás da morte do promotor. O Irã tem negado consistentemente envolvimento no atentado a bomba que matou 85 pessoas.

A morte de Nisman causou tumulto no governo argentino, em meio a uma tempestade de teorias conspiratórias que cercam sua morte misteriosa. Pesquisas mostram que dois em cada três argentinos acreditam que eles nunca vão saber a verdade sobre os últimos momentos do promotor.

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